Falar sobre o Simpósio das Famílias é como reunir todos os sentimentos que conheço. Lá eu ouvi vários testemunhos que mexeram imensamente comigo, abrindo meus olhos para os caminhos que Deus tem para mim. A inspiração de Deus passa pela misericórdia e por essa misericórdia eu fui alcançada e ali senti-me no colo do Pai. Foi como se Ele abrisse dentro do seu próprio coração um espaço para as misérias, que eu insistia em cultivar.
Um Deus carinhoso, compassivo, gentil e generoso me acolheu em Seu abraço. Quando fui a Ele, trouxe comigo minha família, composta por todos ali reunidos, além dos que levei no meu coração, eu quis que sentissem junto a mim a sensação que é ter Deus. Conhecê-Lo traz alegria tão grande, que transborda a necessidade de levá-Lo ao próximo.
Deus me deu a graça do amor, fecundou em mim um incontrolável desejo de interceder por minha família, todos os dias quando acordo, não só pelos familiares que tenho por um de laço sangue, mas também os de laço espirituais. É minha família aqueles em quem eu vejo a imagem e semelhança de Deus e por que não considerá-los como tal, esteja ele dormindo no aconchego de um palácio, ou no desconforto de uma fria calçada?
O que transforma o mundo são as famílias cristãs e missionárias, que servem com alegria e amor. Não podemos esquecer que o amor humano é fraco, frágil e limitado, mas o amor que é dissolvido em Deus, esse é forte, sólido e nos coloca de pé.
Antes desse divisor de águas chamado Simpósio, vivi tempos de lamentações e tristezas, mas Deus veio e falou comigo com voz firme e piedosa através de nosso fundador Moysés que isso ocorria por que eu olhava para as minhas próprias feridas, então aprendi que as feridas que devo considerar são as de Cristo que morreu na cruz por mim, fixar os olhos em Cristo me torna forte, repetir seu nome me ergue para o amor gratuito.
Amar é doar-se sem calcular o quanto, pois é preciso amar até doer, este é o amor verdadeiro e caridoso, aliás, a verdade e a caridade são duas faces de uma mesma moeda. Constituir família é um ato de amor que estamos deixando de praticar, temos que cultivar nossas famílias, onde formos, seja no trabalho, na comunidade, ou na nossa própria casa, com nossos filhos ou os dos outros e ser com a nossa vida um novo evangelho para a sociedade.
É importante transmitir a fé transformar a educação em um meio de evangelização com exemplos de pessoas transfiguradas em Cristo, pois o primeiro evangelho que um filho lê é o da vida dos pais, a isso eu chamaria de transbordar o carisma.
Essa relação de amor se torna extremamente mais fácil quando estamos perto de Deus, é preciso ser amigo Dele, ser intimo, bem intimo. A prendi muito com o Simpósio especialmente com Moysés, e tive uma surpresas ao perceber que tínhamos eu e ele um amigo em comum, que atende pelo nome de Jesus.
Enfim, penso que tudo isso nada mais é que viver plenamente e cumprindo a nossa missão, a de amar.
Por Márcio Pinheiro