O técnico da Seleção brasileira de futebol, Adenor Leonardo Bachi, mais conhecido como Tite, tem um exercício diário que o ajuda a manter a tranquilidade mediante tantas pressões e desafios: uma vida de espiritualidade com muita fé e devocionais.
Em busca do hexacampeonato mundial de futebol, o comandante do time brasileiro, sempre fez questão de demonstrar sua devoção a Nossa Senhora e São Jorge. Um hábito frequente é acender uma vela sempre antes de cada jogo e visitar um local religioso antes de jogos e viagens.
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Além disso, Tite tem e costuma levar velas e objetos religiosos para onde vai, e ir à Santa Missa. Como ocorreu no Mundial de Clubes de 2012 e na Copa de 2018, ele encontrou igrejas no Japão e na Rússia, respectivamente.
Manifestação de fé
A dois dias da estreia do Brasil no Mundial, Tite foi a uma mesquita, em Doha, onde ficou cerca de 10 minutos. Ele fez o mesmo na véspera da segunda partida, contra a Suíça. Por mais que o Catar seja um país muçulmano, com o islamismo mais presente, o treinador encontrou uma maneira rezar e não se incomodou em frequentar templos de outras religiões. Ele prega respeito às diferentes manifestações da fé.
“Mais do que religião, eu procuro fazer o bem. Eu tenho muito respeito a todas as religiões, eu acredito mais em espiritualidade, o meu Deus é o mesmo Deus do outro técnico, dos outros atletas de todas as formas, de todos os jeitos. Não gosto de usar o nome de Deus em vão para fortalecer uma ideia daquilo que eu concebo, não gosto. Tenho muito cuidado em relação a isso. Mas também sou católico, gosto de fazer oração porque é uma forma de meditação e alguma forma que eu encontro paz, me dá discernimento” disse Tite, em exclusiva a um jornal.
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Além da visita à mesquita em Doha, o técnico da Seleção também pratica a fé nos treinos. Desde Turim, na Itália, quando o Brasil iniciou a preparação para a Copa do Mundo, Tite foi visto com um terço pendurado ao apito que usa para comandar as atividades.
‘Não é amuleto’
Nas redes sociais e em coletivas de imprensa, ele explica que estar com terço não é por superstição, mas uma demonstração da religiosidade e da fé que ele tem em Nossa Senhora. “Sou um turbilhão, algo que fica fervendo por dentro. Para que eu possa encontrar o caminho correto, a espiritualidade é dívida e transcende. Ela é de Nossa Senhora, Jesus Cristo, de Deus“, explica Tite.
Tite aprendeu a rezar com a mãe, ‘”um dos legados que a minha mãe me trouxe foi o da oração, da espiritualidade e fundamentalmente procurar fazer o bem. Então eu trago comigo, de uma forma representativa de proteção, de espiritualidade, de oração pra mim, para ter paz, discernimento, senso de justiça” completou o técnico.
CBF e religiosidade
Embora Tite não esconda os hábitos religiosos e a maioria dos jogadores compartilhe da fé do treinador, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) proíbe a realização de cultos religiosos no local de preparação da Seleção desde 2015.
A medida foi tomada em 2015, quando um pastor evangélico se reuniu com 10 jogadores da seleção de Dunga na concentração do time em Boston, quando a equipe enfrentaria os Estados Unidos. O encontro não tinha a autorização da CBF. A decisão, entretanto, não impede as manifestações religiosas de âmbito pessoal da comissão técnica e dos jogadores.
-Com informações de Conmebol, Aleteia e GE
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PARABÉNS AOS ENVOLVIDOS.
Aguardando uma matéria sobre a espiritualidade no L9.