Meu nome é Natália, sou postulante da Comunidade de Aliança da Comunidade Católica Shalom. Sou casada há sete anos e estou grávida de meu primeiro filho. Desde o início de meu casamento, nunca tomei contraceptivo, pois os médicos que me atenderam disseram que eu teria dificuldade para engravidar, devido à síndrome do ovário policístico. Eu não dava atenção a isso, por me achar muito nova. Por ter várias outras prioridades, a última coisa que eu queria era ser mãe.
O tempo foi passando, todas as minhas amigas e parentas tornavam-se mães e eu permanecia “na mesma”. Assim, o desejo começou a brotar no meu coração e no do meu esposo, porém, por não conhecermos ainda o amor de Deus por nós, tínhamos uma vida de farra e bebedeiras e isso nos fez nos afastar um do outro. Chegamos ao ponto de dizer um para o outro que nosso casamento estava acabado.

Em setembro de 2013, fui ao ginecologista para uma consulta de rotina. Fiz alguns exames e falei para o médico sobre o desejo de ser mãe. Ele, em alto e bom tom, disse-me que meu útero não servia para nada e que eu não poderia ser mãe, que eu adotasse uma criança, pois talvez seria mais fácil. No mesmo instante, levantei-me da cadeira e disse-lhe: “o senhor não crê em Deus? Pois eu creio e sei que na hora certa ele me dará a graça”. O médico, com arrogância, disse-me: “Você é mais uma louca religiosa”. Então, agradeci o “elogio”, pedi licença e saí do consultório. Fiquei muito triste, mas no meu coração havia a certeza de que a graça de Deus estava por vir.
Os meses se passaram até que em fevereiro deste ano, 2014, o Clizio, coordenador do meu grupo de oração, perguntou-me: “Por que você não faz a novena de Santa Gianna Beretta Molla, a padroeira do Projeto Família?”. Respondi que nunca havia pensado nisso. As palavras dele ficaram ecoando na minha mente. No mês seguinte, resolvi fazer a novena de Santa Gianna e fiquei com o coração verdadeiramente pacificado. No dia 21 de abril, um mês depois da novena, descobri que estou grávida! Hoje, estou no quarto mês de gravidez e a felicidade não cabe em nossos corações.
Na mesma semana, recebemos a resposta de nosso pedido de ingresso no postulantado da Comunidade de Aliança Shalom: fomos aceitos e abraçados por Deus. Pudemos ver concretamente como Deus é coerente, dando-nos a graça da maternidade e da paternidade na mesma época em que estamos iniciando um caminho de consagração de vida para Ele.
Essa é a fidelidade de Deus aos seus filhos amados e a certeza de que as promessas Dele são cumpridas SIM, mas no tempo certo. Vale muito a pena ser de Deus, vale muito mais a pena esperar em Deus.
Natália Almeida