Há 10 anos, em 24 de abril de 2014, na Praça de São Pedro no Vaticano, o Papa Francisco, acompanhado pelo Emérito, Papa Bento XVI, celebrou a canonização de dois Papas: João XXIII e João Paulo II. “Declaramos e definimos como santos os beatos João XXIII e João Paulo II e os inscrevemos no Catálogo dos Santos, e estabelecemos que em toda a Igreja sejam devotamente honrados entre os Santos“, esta foi a fórmula pronunciada em latim pelo Papa Francisco, após a qual, a multidão na praça rompeu em aplausos.
O Vaticano, citando fontes da polícia italiana, estimou que cerca de 800 mil pessoas estiveram presentes nesta celebração, lotando a Praça de São Pedro e as suas vias de acesso. Ainda, 300 mil seguiram o evento, diante dos 17 telões instalados em diversos locais em Roma. Havia vários países reunidos, bandeiras marcavam bem essa celebração mundial. A Comunidade Shalom também estava lá bem representada, afinal foi em um encontro com o Papa João Paulo II, que Moysés Azevedo, fundador da Comunidade, ofertou a própria vida e dois anos depois deu início a uma lanchonete para Evangelizar, que deu origem à Comunidade.
João Paulo II e João XXII
Apesar das diferenças, os dois Papas santos têm caminhos que se entrelaçam. Unidos, simbolizam a abertura para o mundo e a confiança de ser católico. Ambos pontífices são marcados pela bondade e carisma, tanto que logo após a morte, foram solicitadas as suas beatificações por aclamação.
Tomemos um trecho da homília do Santo Padre, daquele 27 de Abril de 2014:
“São João XXIII e São João Paulo II tiveram a coragem de contemplar as feridas de Jesus, tocar as suas mãos chagadas e o seu lado trespassado. Não tiveram vergonha da carne de Cristo, não se escandalizaram d’Ele, da sua cruz; não tiveram vergonha da carne do irmão (cf. Is 58, 7), porque em cada pessoa atribulada viam Jesus. Foram dois homens corajosos, cheios da parresia do Espírito Santo, e deram testemunho da bondade de Deus, da sua misericórdia, à Igreja e ao mundo. Foram sacerdotes, bispos e papas do século XX. Conheceram as suas tragédias, mas não foram vencidos por elas. Mais forte, neles, era Deus; mais forte era a fé em Jesus Cristo, Redentor do homem e Senhor da história; mais forte, neles, era a misericórdia de Deus que se manifesta nestas cinco chagas; mais forte era a proximidade materna de Maria.”
Janaina Teixeira
Dados: Vatican News e L´oservattore Romano
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