A experiência que tive no Dia Mundial do Pobre foi enriquecedora. Em meio à pobreza material daqueles moradores de rua, eu via a riqueza se instaurando neles: o próprio Deus, rico em amor, rico em ternura, rico em misericórdia.
Foram 30 moradores de rua que encheram a nossa casa de muita alegria. Alegria porque eles encontravam, de novo, o sentido da vida. Esperança. Amor. O cuidado físico com eles foi o acréscimo de toda a alegria em que eles me proporcionaram.
Um deles, em meio a todo o dia, me chamou atenção. Me agradecia bastante e dizia: “Já andei em muitos lugares, mas nunca me senti tão acolhido como aqui. Aqui é diferente. Aqui é um lugar de paz. Finalmente encontrei esta paz.”
E para nós que estávamos servindo, foi uma experiência de renovação em dar-se ao outro. É Amor de Deus! É Misericórdia! É vida ofertada. Enraizada no Cristo. É como diz naquela música: “num sorriso, num abraço, num gesto de amor, foi assim que nossa vida mudou…” Não tínhamos nada para dar, senão aquilo que recebemos de graça.
Uma vez escutei uma frase que me chamou muita atenção: “A primazia do nosso carisma são os jovens para que os jovens exerçam a primazia de Deus aos pobres”. Eles são os pequeninos, as criancinhas, aqueles preferidos de Nosso Senhor. Há, de fato há, muito mais alegria em ofertar-se aos pobres. Experiência nova! Ardor novo. Vale a pena!
Jefferson Rebouças
Dia Mundial do Pobre 2017