Experiência com Deus… Evangelização… Namoro cristão… Algum pedido que você fez a Deus e Ele te atendeu… Vocação… Experiência com os santos, com a Igreja… O comshalom.org quer saber qual é a sua história com Deus.
Todos os dias, publicamos um testemunho novo na home. O de hoje é de Douglas Domingos Américo.
Quer ter a sua história publicada aqui? Envie texto e foto para redacao@comshalom.org e evangelize conosco.
Confira:
Tentando ser breve, como vocacionado da Comunidade Católica Shalom, inicio dizendo o óbvio: Não sou vocacionado por minha própria vontade, mas sim pela vontade de Deus em mim.
Antes de ser vocacionado, de longe eu já conhecia algumas coisas da Comunidade Shalom. Há mais ou menos uns dez anos atrás, cheguei a passar por ela para buscar o curso Fio de Ouro, que por alguma razão não consegui fazer. Eu nunca havia participado nem mesmo de missas na Comunidade.
Meu primeiro contato mais próximo com o carisma foi há aproximadamente cinco anos, em duas “Noites da Pizza”. Lá me convidaram para participar com frequência das atividades do Centro de Evangelização. Eu nunca ia, mas algo já tinha sido semeado. Só depois fui entender porque, mesmo sem conhecer profundamente a Comunidade, havia certo tempo que no meu celular só tinha músicas do Missionário Shalom, Suely Façanha e Davidson Silva.
Nesse período, eu já tinha uma extensa caminhada na Igreja, em diversas pastorais, movimentos, Ministério da Sagrada Comunhão, etc… Mas na época, eu estava participando incessantemente de um Encontro de Jovens com Cristo (EJC), que, pelo fato de reunir muitas pessoas, fez-me bem, aprendi muito e sou grato. Entretanto, ainda me faltava algo.
Foi nesse EJC que surgiu a profecia do meu encontro profundo com o Carisma Shalom. Sem saber do que aconteceria futuramente, em uma partilha do Evangelho, proclamei minha necessidade de avançar para águas mais profundas (tema da Campanha da Fraternidade da época). Eles não entenderam muito, então expliquei que era talvez conhecer uma comunidade. Quando me perguntaram qual, achei que tivesse respondido da boca para fora “Shalom”.
Recentemente, em 2014, comecei frequentar mais a Comunidade. Sempre sendo surpreendido por Deus, estava acompanhando um amigo abalado por um problema pessoal, saindo aos fins de semana com ele para tentar ajudá-lo, quando, em certo dia, ele me ligou e perguntou: “O que iremos fazer hoje?” Eu respondi: “Tem um evento do Shalom no Mosteiro São Bento”. Era o Reviver. Chegamos ao evento na tarde do último dia, estávamos com fome e logo perguntamos na recepção se poderíamos sair a qualquer momento. Estávamos com fome!
No Reviver, fomos muito bem recepcionados, ao passarmos por um corredor, de imediato, notamos algo especial no ginásio e nos empolgamos ainda do lado de fora, dizendo em alta voz: “Que cheiro de Jesus!” Para nossa alegria, chegamos bem na hora da adoração ao Santíssimo Sacramento. Em seguida, constatamos que lá também tinha comida para vender, logo, ficamos até o final do evento.
No Reviver, encontramos uma conhecida que propôs irmos à missa do Shalom e ao Musical Anchieta. Eu não queria, mas como meu amigo se empolgou, também aceitei; pois eu via uma oportunidade de animá-lo.
Meu amigo estava de férias do serviço, então começamos a frequentar algumas missas e a Lanchonete Shalom, a grande rede de pescar homens. Então, combinei que quando ele voltasse das férias, como eu só estava o acompanhando, e ele não conseguiria frequentar mais, devido ao trabalho nos finais de semana, eu retornaria a minha paróquia. Eu tinha me proposto voltar a ser ministro da Sagrada Comunhão, até que, certo dia, após já ter passado o primeiro dia de encontro vocacional aberto, para o qual tinha sido convidado mas tinha me esquivado, deparei-me saindo de casa em um domingo chuvoso quatro horas antes de iniciar a missa na minha Paróquia, próxima de onde moro, para ir à missa no Shalom. Detalhe: eu estava atrasado, na chuva e sem o meu amigo que tinha voltado ao trabalho. Em minha convicção, eu só estava o acompanhando.
No caminho, passaram-se muitas coisas em minha cabeça como: O que me faz sair de casa bem mais cedo para ir a um lugar distante, sendo que o mesmo Deus também se manifesta em minha paróquia, que fica perto de casa? No mesmo momento, não descobri que era a intimidade profunda com Deus, no Shalom, que para mim trazia esse “novo”, e hoje chamo isso de “vocação”.
Bom, eu estava atrasado e, para variar, resolvi tentar me adiantar indo de trem, que demorou quinze minutos para chegar e o mesmo tempo para sair. Depois de rezar vários “Pai Nosso”, brigando com Deus, propus que se às 17h (horário que começava a Missa), o trem não saísse, eu iria embora e, talvez por motivos de chuva, não desse mais tempo nem de pegar a Missa na minha paróquia. Quando deu o horário proposto, eu ainda estava no trem, então, fui dar um passo para voltar a minha casa, quando escutei a sirene e as portas se fecharam. Não relutei.
Resumindo: cheguei à missa muito atrasado, quase no final, molhado, achando que eu estava louco, pois nem da missa havia participado, mas em meu coração eu estava crente que o Senhor queria falar. Foi naquele dia que me convenceram fazer o vocacional, mesmo já tendo passado o primeiro encontro aberto.
Após esse dia, começaram várias confirmações. Uma das partes mais interessante, foi em minha oração diária e leitura da Bíblia, quando cheguei questionar a Deus qual seria o meu lugar. Na hora, Ele me deu a passagem dos discípulos de Emaús, que andaram com Jesus e só o reconheceram ao partir do pão, entretanto, ao caminharem com Ele, sentiam seus corações abrasar. Tive, então, como discernimento que eu deveria estar onde meu coração se abrasasse. O fantástico foi que na mesma semana entrei no site da Comunidade e o Moysés (fundador), ao falar aos vocacionados, dizia que se o coração deles se abrasasse no Shalom é porque lá seria o seu lugar.
Outro fato muito interessante, foi que em meses antes de começar a ir às missas no Shalom, sem ao menos pensar em vocacional, nas adorações diárias eu vivia dizendo: “Senhor, eu já fiz tantas coisas na Igreja, já cantei, mas não canto; toquei, mas não toco; dancei, mas não danço; preguei, mas não prego. Eu não sei qual é o meu dom, então se eu puder te pedir um, me dê o dom da intimidade Contigo. Assim, tudo fluirá”. Para minha surpresa, o primeiro vocacional que participei – na Missão São Paulo, esse já era o segundo encontro do ano – era sobre algo que eu nem sabia o que era, mas já pedia havia meses: o Amor Esponsal, justamente a intimidade com Deus.
Tenho muitas coisas para dizer mas, para finalizar, algumas das últimas revelações que Deus fez foi através de minha história. Ao vasculhar minhas coisas, encontrei o primeiro e único livro de santo que li, há muito tempo atrás. Quando o li, já estava sem capa, com as folhas comidas e amarronzadas. A cada página que eu passava, ela se soltava ou quase rasgava, mesmo assim alguma coisa me motivava a lê-lo. Ele estava completo, era de 1958 e seu título: São Francisco de Assis – O Pobrezinho de Deus. Isso é muito Shalom, logo a história do baluarte da Comunidade…
Lembrei que há um tempo, bem antes de conhecer o Carisma e a história da Comunidade, eu dizia para uma amiga que me incomodava saber que nos finais de semana os jovens cristãos não tinham muitas opções de lugares saudáveis para ir e que seria legal se existisse uma lanchonete cristã. Isso também é muito Shalom, foi a maneira como iniciou a Comunidade…
Lembrei também que em todos os empregos registrados que trabalhei, desde bem jovem, eu sempre dava um jeito de visitar o Santíssimo Sacramento, inclusive já tinha me levantado de madrugada, ido à igreja e me trancado sozinho para adorar Jesus Eucarístico. Outro fato foi o de, certo dia, em altas horas da noite indo para casa, eu ter descido do metrô no meio do caminho só para ir à Igreja com Jesus 24 horas exposto para adorá-Lo. Ele me chamava e me preservava, tanto é que quando cheguei em casa estava o maior caos de tanto desentendimento (intimidade com Jesus, isso é muito Shalom, isso é Amor Esponsal).
Têm muitas confirmações ainda, pois as obras de Deus são numerosas como os grãos de areia. Assim, Ele vem me seduzindo e eu, mesmo teimoso e resistente, tenho me deixado seduzir.
Por fim, posso confirmar através de minha vida, que a vocação é um convite ao encontro com aquilo que há de mais profundo em nós mesmos.
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