São muitas as teorias, bem difundidas, que olhando para Jesus o descrevem como um judeu entre tantos outros e que por um ‘dom especial’ teria adquirido ao longo de sua vida pública – em meio a crises e incertezas -, a consciência de uma “filiação adotiva”.
Dessa forma, Jesus teria sido injustamente silenciado por autoridades da época, que viam na movimentação inaugurada por Ele uma ameaça à estabilidade política de Israel.
Estas premissas, claramente equivocadas, são desautorizadas pelos Evangelhos que revelam Jesus com a consciência de sua missão e, ainda, afastam a ideia de que as motivações dos chefes de Israel tiveram caráter político (estas motivações foram, na verdade, essencialmente religiosas.)
Assim, em vista da harmonia com os Evangelhos, com a Sagrada Tradição e ainda com o Magistério da Igreja, assentamos nossa compreensão da figura de Jesus fundamentalmente por meio da fé. Neste sentido, evitam-se deformações encontradas no método histórico-crítico e de diversas correntes hermenêuticas que rejeitam o testemunho dos evangelhos como fontes históricas confiáveis sobre a vida de Jesus.
Entendemos desta forma, ser inconcebível resumir Cristo a uma visão materialista adaptando-o a conceitos modernos e totalmente vazios de mistério. Reconhecemos, assim, a necessária docilidade da fé como meio seguro para descobrir quem realmente é Jesus: de um lado, o seu firme testemunho sobre sua filiação divina e por outro lado a sua condição de verdadeiro homem. Certamente, a conciliação destes aspectos da vida de Jesus são, e sempre serão, um desafio à inteligência humana e à soberba daqueles que querem um deus formatado aos seus próprios (e pobres) conceitos.
Assim, sob o prisma da fé, contemplamos a Cristo, consciente em sua missão, que revela gradativamente aos Apóstolos a sua identidade mais profunda. Esta revelação não está atrelada a argumentos lógicos, mas passa ao largo disso. Jesus, como filho de Deus, usa sinais certos de credibilidade com milagres, curas e exorcismos, e assim os conduz à experiência da fé.
Este é o caminho do Cristão: compreender que só é possível conhecer quem de fato é Jesus se houve abertura a mesma experiência de fé que os discípulos. Assim, com esta premissa segura, entendemos o caráter divino e sobrenatural de Jesus, defendendo abertamente a missão que recebeu de Deus para estabelecer, em nome dele e com sua própria autoridade, uma nova doutrina religiosa.
Nestes termos, encontramos em Jesus, filho de Deus, sua natureza divina, igual a Ele em unidade de essência e, portanto, atribuindo a todas as suas palavras humanas o valor de uma mensagem divina sem mancha ou mácula alguma, com a marca da sua oferta de vida na Cruz e eternizada por sua vitoriosa ressurreição.
Sobre o Instituto Parresia
Criado pela Comunidade Católica Shalom, o Instituto Parresia tem a missão de formar católicos missionários. Organizado em três pilares – ensino, pesquisa e produção de conteúdo -, o instituto conta com colaboradores qualificados, incluindo missionários, nativos ou residentes, na Europa e América Hispânica. Mais de 10 mil pessoas já participaram dos cursos online promovidos pelo Parresia, entre eles Sagradas Escrituras; Família e Matrimônio; e Teologia do Corpo.
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