A condução do Espírito Santo é avassaladora em corações abertos e dispostos, foi justamente isso que aconteceu com Mariana Pires, Ian e Clara Formiga, Artur Guerra e Manuela Ferreira: jovens dispostos a viverem a vontade de Deus e a mergulharem no Carisma Shalom. Tudo teve início em uma madrugada, quando as meninas conversavam sobre como iríam ao Congresso de Jovens Shalom (CJS) e, diante disso, surgiu um grande impulso sobre precisarem fazer algo que os levassem ao evento.
Manuella, jovem da Obra Shalom, conta detalhes de como foi o início dessa jornada. “Hoje, tento me lembrar de como me veio à cabeça a ideia de vendermos dindin nas praias e vejo a perfeita condução do Espírito que, ao me inspirar, motivou-nos, unidos na vida fraterna, a uma coragem e ousada esperança. Não havia medo, mas uma forte certeza e confiança na voz de Deus!
Tínhamos um tutorial no YouTube, um sonho e uma meta além do que apenas ir a Fortaleza. Tínhamos um desejo de anunciar o outro mundo que Cristo nos convida, e assim fomos: Dindin Jhow! Das praias de João Pessoa ao mar profundo, eterno e cheio de histórias que o Senhor nos lançava”.
E essa ideia foi criando raízes, mais motivação e muita sabedoria de Deus ao longo de nove meses. Durante esse tempo, eles puderam provar de inúmeras graças e cada um pôde traduzir suas experiências em uma única palavra e testemunho, confere abaixo.
Evangelização
Mariana Pires, 16 anos e jovem da Obra Shalom, expressa que nessa jornada a evangelização não poderia estar de fora. Ela conta que esse foi um dos primeiros objetivos do grupo e acrescenta: “com um terço no pulso e um sorriso no rosto, falávamos o porquê de estarmos vendendo dindin e assim muitos eram impactados pelo simples fato de sermos jovens buscando a Deus.
A ideia instigava, o nome “jhow” também e assim Ele ia ganhando o momento, abria os corações e nos conduzia a longas conversas, outras nem tanto; mas que de alguma forma lançávamos sementes nos terrenos que ali nos eram confiados. Por vezes a conversa passava pelo Acamp’s, outras pelo endereço do Centro de Evangelização, mas sempre terminava na certeza de que: uma vida entregue a Deus tendo o céu por meta é escandalosamente feliz. Para vender calculamos os gastos e o lucro, porém quando a questão é evangelizar, todo o tempo gasto é na realidade um grande ganho”.
Disposição
Artur Guerra, Obra Shalom há um ano e meio, foi marcado pela graça da disposição, uma real saída de si e da sua humanidade. Ele descreve que levantar cedo para ir à praia vender dindin era desafiante, porque o cansaço batia, contudo ele juntamente com todos os outros eram preenchidos pela disposição divina. E complementa: “mais do que um simples movimento de vencer o cansaço humano, pois já nos invadia um coração disposto a anunciar, no meio das vendas, uma alegria que só podia surgir na redenção do Cristo, o qual sofreu para alcançar a Ressurreição.
Essa graça nos acompanhava também na disposição de anunciar a nossos próprios irmãos de grupo de oração, assim como dentro da Comunidade, da possibilidade de ver o grande milagre de Deus agindo em nossas vidas; prodígio feito não pelas nossas mãos, mas pela coerência da obra do Pai, que não nos deixa desamparados! Acredito que o grande desejo de aprofundar a nossa experiência no Carisma de forma concreta gerou a abertura necessária para que uma oferta pascal fosse feita!”
Providência
Clara Formiga, jovem de 16 anos e membro da Obra Shalom, conta que São José foi o grande amigo e intercessor nessa jornada, como ela mesmo relata: “estávamos sempre contando com a grande intercessão de São José, aquele que foi o instrumento da Divina Providência em sua família, mas que também se fez presente em nosso meio.
Desde o início, passamos a entregar tudo nas mãos de Deus, vivendo um intenso processo de confiança naquele que nos inspirou a estar ali. E a todo momento, em cada dia de venda, nós conseguimos contemplar a providência de Deus que se manifestava através de tantas pessoas, tanto nos dindins vendidos, como em doações feitas por pessoas que se sentiam tocadas pela causa. Por isso, o desejo pela experiência do CJS nunca foi loucura, porque sabíamos que com a providência de Deus poderíamos contar!”
Sorriso
Manuella Ferreira, uma das idealizadoras das vendas e participante da Obra, comenta que eles tinham a chave concreta para evangelizar. Como ela mesmo diz: “acreditamos que conseguimos achar uma das chaves para abrir o coração do povo que o Senhor nos confiou: o sorriso! Na certeza de que fomos criados desde e para a eternidade, é a felicidade que o homem, a todo tempo, busca. Desse modo, a alegria de Deus em nós com essa simples e até involuntária atitude de sorrir, alcançava os corações sedentos pela felicidade eterna. Como sabíamos disso? Certamente, confiantes de que aquilo que é de Deus não passa, mas também com a surpresa dos sorrisos que, de forma gratuita, nos eram devolvidos.
É Deus que, em nós, se alegra!
Quantas vezes pedi ao Senhor forças para que, mesmo cansada, a alegria de estar fazendo a Sua vontade não sumisse dos nossos rostos! Era, portanto, na fração de segundos de uma abordagem, da qual o Senhor se revelava por meio dos sorrisos, que um filme se passava em minha cabeça, e para mim mesma eu afirmava: ‘Vale a pena!’. Como diz Santa Teresinha, ‘por vezes, uma palavra, um sorriso amável é quanto basta para desanuviar uma alma entristecida’. Sem dúvidas, não só alcançávamos, mas também éramos muito alcançados! Certos de que a mesma alegria que nos impulsionou desde o início nos acompanhava a todo tempo!
Renúncia
Ian Formiga, também jovem da Obra, compreendeu que essa iniciativa exigiria de todos uma grande abertura de coração e de dizer “não” ao comodismo. “Desde o início da ideia, já sabíamos que seria um tempo de grande renúncia. Renúncia das manhãs de domingo, de horas a mais de sono e de horas e horas para a fabricação dos dindins. Porém, mesmo sendo cansativo para nós, por exemplo o ordinário exaustivo da semana e o final de semana sendo o único descanso, sempre confiamos em Deus, porque Ele nos daria a recompensa de acordo com o nosso esforço, dedicação e renúncia.
E, hoje, podemos contemplar que o esforço valeu a pena, os dias entregues ao trabalho nos recompensaram e vemos que é possível mesmo começando com pouco. É de imensa alegria e satisfação! E, agora, podemos desfrutar do nosso trabalho marcando a nossa presença no CJS”.