Cerca de três mil pessoas participaram do Congresso de Espiritualidade “Oração e Missão em Santa Teresa D’Ávila”, realizado pela Comunidade Católica Shalom, em Fortaleza. O evento aconteceu neste final de semana (15 e 16). O pregador foi Frei Patrício Sciadini, delegado da Ordem Carmelita no Egito e um dos maiores especialistas em espiritualidade teresiana.
Jovens, adultos, famílias, religiosos, leigos e sacerdotes. Todas as “gentes” afluíam ao Ginásio Paulo Sarasate para ouvir um homem de Deus falar sobre vida de oração aprendida, deixada, retomada e ensinada por Santa Teresa D’Ávila, a grande santa reformadora do Carmelo, tão humana quanto cada um dos que ali estava.
Frei Patrício ensinou que a santa aprendeu a rezar, como cada um de nós. Ela não nasceu tendo visões, meditando. Primeiro ela “aprendeu a rezar”; depois “rezou”; em seguida, “deixou de rezar”; para então “recomeçar a rezar”; e finalmente “ensinar a rezar”. Os ensinamentos eram sempre entrecortados com a narração de fatos da vida de Teresa.
Para a participante Lílian Marques, o trecho mais marcante foi o referente às características de uma vida de oração. “Fui tocada quando o Frei respondeu a pergunta de alguém que questionou: Para Teresa D’Ávila, o que caracteriza uma pessoa de oração?
Ele respondeu que a maior característica é a coerência de vida – quando a Palavra não entra em conflito com a vivência, com o testemunho. Essas pessoas são voz de Deus, e atingem verdadeiramente o coração daqueles que as escutam”, destacou.
Gratidão
“A palavra de Deus diz que quando a gente encontra um homem de Deus, a gente se senta na soleira da porta dele e não sai de lá até ele nos ensinar tudo a respeito de Deus. Frei Patrício, amigo e mestre, nós estamos em sua soleira. Mesmo no Egito, nós permaneceremos lá, ainda bebendo das grandes fontes que a graça de Deus faz jorrar através do seu coração”, disse Moysés Azevedo, fundador da Comunidade Católica Shalom, ao pregador do congresso.
Segundo Moysés, o que uniu a Comunidade a Frei Patrício, há 20 anos, foi o amor a Santa Teresa D’Ávila. O sacerdote morou no Brasil durante 40 anos e conheceu o Shalom em seus primeiros tempos. “Começamos buscando o mestre, o Frei Patrício mestre. Pouco a pouco, fomos conhecendo mais e mais, e soubemos que, além do mestre, neste coração habita um grande amigo”, destacou.
“Peçamos a Deus que nos abençoe. Deus, eu dizia hoje, nos deu duas máquinas fotográficas que são os olhos. Então, eu gravei todos vocês no meu coração e, de vez em quando, vou revê-los na oração, porque a oração é pensar nos amigos que Deus coloca no nosso caminho. Obrigado e que Deus os abençoe”, retribuiu o frei.
Emanuele Sales e Cássia Carvalho