Meu nome é Patrício dos Santos, tenho 18 anos, sou de Chaves, Ilha do Marajó –PA e estou indo em missão por um ano para Macapá-AM.
Eu conheci o Shalom quando eu era criança, tinha 10 anos. Aqui em Chaves tinha o grupo de adultos e eu vinha com a minha mãe. Esse grupo era misto, e participavam crianças, jovens e adultos. Depois de um tempo ele foi desmembrado e criado os grupos separados de crianças, adultos e jovens.
Me atraía muito a atenção e o cuidado que as “tias” tinham com as crianças, eu gostava tanto que esperava durante toda semana que chegasse o dia do grupo.
Com o tempo fui crescendo e querendo me distanciar da Igreja, comecei a fazer coisas escondidas da minha mãe, comecei a experimentar de coisas que não eram lícitas para minha idade, ficava até tarde na rua, comecei a me distanciar mesmo de Deus. Comecei a andar com pessoas que me afastaram, e acabei me “rebelando”, não queria participar de nenhum grupo, não queria ir para as missas.
Eu voltei para o grupo do Shalom aos 13 anos, quando meu pai viu que eu não estava num bom caminho, não estava com boas influências e disse que queria que eu fosse para o grupo do Shalom, que tinha o grupo de adolescentes. Então meu pai pediu a um missionário do Shalom para ele conversar comigo, me ajudar, e ai eu voltei para o grupo.
Foi quando teve aqui o “Virada Radical”, e eu tive a experiência mais forte com Deus, e aí eu comecei a participar mais ativamente do Shalom. Vinha em mim aquele desejo: “Meu Deus, eu quero estar aqui, quero ficar aqui. Sempre que puder eu vou vim para o Shalom!”. E aí comecei a participar, comecei a vim para o Shalom, vinha na hora do almoço, algumas noites dormia aqui.
Em 2015 tinha uma missionária me incentiva muito a entrar no vocacional, e então eu entrei no de 2016. E mesmo antes, quando vinha um missionário para cá eu pensava: “Meu Deus, eu quero isso, eu quero ir embora, quero ir em missão!”. Mas eu tinha muito medo de ter que deixar meus pais, minha família, eu comecei a ter medo de ir embora. Eu pensava: “Tá ótimo aqui, do jeito que tá.”
Em 2017 eu estava novamente no vocacional e começou a surgir de novo no meu coração o desejo de ir em missão. Eu tinha ouvido falar nos jovens que iam em missão por um período de um ano, e pensava que queria isso, rezava pedindo isso. Foi então que, em um acompanhamento, o meu acompanhador perguntou se eu já tinha pensado nisso, e eu fiquei assustado, porque eu já tinha pensado e rezado bastante sobre isso. Depois de um tempo, a responsável local, a dona Dilma falou comigo sobre a mesma coisa, e com todo desejo do meu coração eu disse: “Eu quero ir como jovem em missão!”
Em outubro eu pedi para ir em missão e a resposta chegou em abril, confirmando a minha ida. Eu quase não dormia esperando a resposta e foi uma alegria muito grande pra mim quando chegou. Hoje meu maior desejo é corresponder ao chamado de Deus. É me ofertar mesmo para missão.