Cheguei no sítio onde acontecia o evento com a minha fé um pouco abalada, sem esperanças e pra piorar ainda aconteceram coisas que me abalaram muito. Eu não queria que ninguém percebesse, porque eu queria ver aqueles participantes felizes, felizes através do meu sorriso, do meu bom dia, boa noite, pois eu acredito que um simples gesto de gentileza pode salvar vidas, pode tirar alguém do fundo do poço.
Conforme os dias foram passando, eu ia ficando mais feliz, era uma sensação muito boa em servir, garantir que outras pessoas também tivessem uma experiência na qual eu já tive uns anos atrás, aquilo era maravilhoso! Eu realmente nunca tinha sentido aquela sensação de gratidão por ver pessoas felizes através de mim. Eu lavava os pratos, servia as comidas feliz e sem reclamar, porque era gratificante escutar um “obrigada” das pessoas.
Na adoração do domingo de manhã, foi muito forte pra mim, pois eu era uma pessoa que não me dava bem com todas as pessoas, e que não ligava se eu fizesse mal a alguém, mas Deus foi colocando no meu coração que aquilo me fazia mal, e eu parei para questionar se realmente eu me sentia bem com tantas inimizades, e foi aí que Deus me deu a graça do perdão, eu fui falando o nome de todas as pessoas que eu perdoava.
De acordo como a pessoa que coordenava aquela adoração, fui pedindo, e cada vez que eu falava um nome, eu sentia uma paz interior dentro de mim, algo inexplicável e eu pedia a Deus pra que eu nunca mais criasse inimizades, e que as inimizades que eu criei, ou as que as pessoas criaram comigo acabassem, que eu pudesse falar com elas novamente, que as pessoas parassem de me definir por aquilo que escutam/escutavam de mim, pois eu me sentia mal em relação a isso.
Pedi também a Deus pra que todos aqueles que ainda não tivessem uma experiência com Ele, provasse do amor dEle, pra nunca mais esquecer como o amor dEle é bom, e é capaz de curar as feridas interiores que nós achamos que são impossíveis de ser curadas. No mesmo instante, veio uma pessoa rezar por mim, e Deus colocava no coração dessa pessoa que Ele estava a minha espera, para me dar inteiramente pra Ele, no meu SIM pra ele. Aquilo foi preenchendo o meu coração de uma forma maravilhosa.
Depois da adoração, participei da Santa Missa e depois fui servir o almoço. Durante o almoço, eu fiquei reparando o quanto as pessoas se sentiam felizes com o sorriso de todos os servos, no quanto elas se sentiam bem. Depois disso, fui lavar os pratos e uma pessoa veio até mim me pedir perdão, pois eu não era aquilo que ela pensava. Naquele momento eu só consegui lembrar da adoração. Aceitei as desculpas e, quando eu terminei de lavar tudo com a pessoa que estava me ajudando, eu saí e simplesmente chorei, chorei por saber que realmente Deus quer fazer um novo na minha vida, chorei de gratidão.
Na hora da efusão, eu não queria participar, e sim interceder pra garantir que meu amigo tivesse uma experiência com Deus, mas não deixaram, e eu lembro que eu com raiva, disse: “Mas essa já é a décima vez que eu participo de um Seminário de Vida no Espírito Santo…” e uma pessoa falou: “Participe, sempre é um novo, Deus nunca faz a mesma coisa”. Naquele momento eu entrei na fila e participei.
No começo eu fui teimosa, intercedendo pra que meu amigo tivesse uma experiência, e quando eu abri meus olhos ele estava chorando e cantando, eu chorei e percebi que minha intercessão por ele já não precisava mais naquela hora, então comecei a me entregar na efusão e quatro servos de seminário vieram rezar por mim. Deus falava coisas pra eles que eu já sentia no meu coração, mas não queria entender, Deus foi fazendo através deles que eu entendesse, que eu me entregasse inteiramente a Ele, e eu fui tendo uma grande experiência naquele momento.
Quando acabou a efusão, eu me sentia uma pessoa nova, me sentia mais feliz que antes. Foi aí que percebi que minha fé pode curar todas as minhas feridas interiores, que a experiência do serviço é muito mais forte que a de quem participa. Percebi que o meu coração é SHALOM, e estarei pronta pra receber a vontade de Deus de braços abertos, porque a vontade dele é a minha felicidade.
Geovana Gadelha
Obra Shalom de Aquiraz