Amo imensamente a Igreja, porque ela não exclui ninguém, é porta aberta para todos e acolhe a todos que decidem viver o Evangelho de Jesus na radicalidade e no amor. As palavras que dizemos devem ser sempre orientadas pelo Evangelho de Jesus. É nele, por Ele e com Ele que nós encontramos a verdadeira vida. Amar a Igreja não significa deixar de pensar, nem concordar com tudo o que os “homens e mulheres de Igreja fazem e dizem”. Cada um de nós deve ser capaz de discernir o bem e o mal, venha de onde vier. O tempo pascal que celebramos nos ajuda a amar sempre mais a Igreja, que vive os seus conflitos e que busca ansiosamente a Verdade. Estamos no mês de maio, é preciso olhar Maria como mãe geradora da Igreja. Ela é mãe, acolhe a todos, perdoa a todos. Eu sou arte viva desta Igreja; o meu pecado fere a Igreja e a minha santidade a ilumina.
O único poder da Igreja é o amor
Os Atos dos Apóstolos movimentam-se ao redor de duas pessoas: Paulo, o grande protagonista do anúncio e da expansão da Igreja, e Pedro, que em várias circunstâncias, com sua coragem profética, derruba as barreiras que alguns queriam construir. Pedro sabe que tudo o que acontece pela sua oração e pelas orações dos primeiros cristãos não é obra humana, mas sim do Espírito Santo. Pedro rejeita com força que o povo se abaixe diante dele e o adore. Este gesto nos faz compreender que a Igreja não deve buscar a si mesma, a sua glória, a sua projeção, mas deve procurar somente a glória de Deus. É preciso uma Igreja pobre, despojada, que ande descalça no meio do povo, rica só da misericórdia e do amor de Deus. A universalidade da Igreja é exigência do amor.
Deus é amor e nós somos amor
João é um pregador repetitivo: não muda a sua música e canta sempre o mesmo refrão. Ele está fixado no amor e, por isso, não consegue abrir a boca e escrever sem dizer que Deus é amor, e quem permanece no amor permanece em Deus. Sem amor somos nada. Creio, Dia 6 15 perdoem-me os pregadores, que as nossas pregações não produzem efeito, porque nós mudamos todos os dias a pregação. Temos deixado de insistir no essencial por medo de aborrecer os nossos ouvintes. É preciso repetir e repetir sempre, com a mesma convicção, para que entre no coração de todos. Pregação não é feita para satisfazer a curiosidade, mas para alimentar a vida, e a vida se alimenta do amor. É o amor que nos faz ser atenciosos ao outro como templo vivo do Deus vivo.
Ser amigos de Jesus
A Páscoa consagra a nossa amizade com Jesus. Os amigos de Jesus não são aqueles que dizem “Senhor, Senhor” e não se convertem, mas aqueles que colocam em prática a sua palavra. Foi no alto da cruz que a amizade entre nós e Cristo foi consagrada na Nova Aliança eterna. Teresa de Ávila fala que o orante é “amigo forte de Deus” e que nós devemos procurar amigos que nos estimulem no caminho do bem. O amigo é aquele que nos faz crescer, que nos corrige, que nos indica o caminho a seguir e que prefere perder a nossa amizade a trair a amizade. Amigo de Jesus é quem, mesmo com as quedas e os pecados, sempre volta e reafirma a sua fidelidade. Somos por Ele escolhidos. Jesus nos dá um único mandamento que compreendia todos os outros: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei!” Hoje, mais do que nunca, necessitamos do amigo Jesus.
Todos os confins da Terra louvam a Deus
Conhecer Jesus é amá-lo, é viver dele e por Ele. Este conhecimento amoroso de Jesus está sempre em crescimento. O Evangelho é destinado a todos para que todos façam a sua escolha. A nós cabe a responsabilidade de anunciar com todos os meios, especialmente através do anúncio olhos nos olhos, corpo a corpo, de casa em casa.