Formação

Nascimento de Maria

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 “O teu nascimento, Virgem mãe de Deus, anunciou a alegria ao mundo inteiro; de ti nasceu o sol da justiça, Cristo nosso Deus; ele afastou a condenação e trouxe a graça, venceu a morte e nos deu a vida” (Antífona do Benedictus– Festa da Natividade da B. A. Virgem Maria)..

      A relação que existe entre a natividade de Nossa Senhora está relacionada com o mistério de Cristo com o tema Cristo-Luz, já que “as realidades cristãs ficam escondidas como uma camada de neblina”, para aqueles que não situam-se no mistério pascal como centro da sua existência, e que Jungmann compara à “nova criação, invadida pela luz brilhante da manhã de páscoa”. Ora, se Cristo ´tido como luz verdadeira, “Cristo é o Sol de justiça, Maria assim é a aurora, a estrela que precede o sol, ponto de partida, o seio da encarnação divina”.

       Dessa forma podemos dizer que a maternidade de Maria assinalou o início da nossa salvação!

      “Assim como a primeira Eva foi tirada do lado de Adão, toda irradiante de vida e de inocência, também Maria, esplêndida e imaculada, saiu do coração do Verbo eterno, que, por obra do Espírito Santo, como ensina a liturgia, quis ele próprio modelar aquele corpo e aquela alma que deveriam um dia servir-lhe de tabernáculo e altar. Esse é, portanto, o significado sublime da Natividade de Maria. Ela é a aurora que anuncia o dia que já vem surgindo por detrás das colinas eternas; é o místico rebento que surge da veneranda raiz de Jessé; é o rio novo que brotas do paraíso e que se dispõe a irrigar o mundo inteiro, é o véu simbólico que foi estendido sobre o solo árido da nossa terra para recolher o prodigioso orvalho; é a nova Eva, isto é, a vida  e a Mãe dos viventes, que nasce para aqueles que tiveram Eva como mãe do pecado e da morte” (Hidelfonso Schuster).

      Tomando as Leituras Litúrgicas, podemos destacar três pontos: Maria é a Virgem que conceberá (Mq 5, 2-5); Maria é a Mãe do Homem novo (Rm 8, 28-30); e José, esposo de Maria da qual nasceu Jesus chamado Cristo (Mt 1, 1-16. 18-23).

      “É justamente aí que se insere o papel da menina cuja natividade celebramos: ela é a virgem, destinada por Deus a ser a mãe e a colaboradora válida e valiosa do salvador. É por isso que, ao aproximar-se do seu berço, a igreja pede como graça suprema o dom da unidade e da paz: Dá-nos senhor, os tesouros da tua misericórdia, e, já que a maternidade da Virgem Maria assinalou o começo da nossa salvação, concede que a festa da sua natividade nos faça crescer na unidade e na paz” (Dicionário de Mariologia). 


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