
No aniversário de 34 anos do Shalom, Moysés Azevedo, repete à Comunidade as palavras do arcebispo de Fortaleza à época da fundação – “nunca percam o fervor” – , e pede que acolha, conserve e transmita o Carisma
A Comunidade Shalom está em festa. O dia 9 de julho é o aniversário do carisma Shalom. Aos pés de São João Paulo II, há 34 anos, Moysés Azevedo ofertou sua vida em favor da evangelização dos jovens. E com grande alegria, toda a Comunidade Shalom de Fortaleza, reunida, celebrou a Eucaristia em ação de graças pela vocação Shalom. A celebração foi presidida pelo assistente local de Fortaleza, Pe. Silvio Scopel, com as presenças do fundador, Moysés Azevedo, e da cofundadora, Emmir Nogueira. Foi uma noite de muito louvor e gratidão, aos pés de Jesus Cristo, o Ressuscitado que passou pela Cruz.
Homilia
Pe. Silvio Scopel, como de costume, foi simples e profundo em sua homilia. Ele falou sobre a riqueza do Evangelho do Bom Samaritano, relacionando-o à vocação Shalom. Admirando-se, grato pela providência de Deus, percebeu que no dia da vocação, o Senhor, em Sua palavra, nos dava o texto que inspira a arte do Ano da Misericórdia. As palavras do sacerdote enfatizaram sua gratidão pela Providência de Deus:
“Como o nosso carisma está ligado à Misericórdia, vamos notando isso como uma eleição do próprio Deus.”
Duas expressões do texto evangélico foram, de forma especial, abordadas na homilia: “Vai e faze o mesmo” e “Quem é o próximo?”. Pe. Silvio enfatiza que o sentido delas é: “Não é perguntar quem é meu próximo, mas ‘eu’ me fazer o próximo”. A figura do Bom Samaritano é o desejo de Deus para nós, aquele que deu para o outro tudo o que tinha, aquele que “chora com os que choram, sofre com os que sofrem”. Eis o sentido da nossa vocação: “Ser o próximo que ‘chora com os que choram, sofre com os que sofrem’”, a fonte da nossa alegria.
Palavras do fundador
Grande graça para a Comunidade é ter o fundador presente, aprender junto a sua visível oferta de vida, acolher suas palavras e conselhos, que são voz de Deus para cada tempo. Moysés Azevedo, após a celebração, falou para a Comunidade reunida:
“Saiamos daqui com o nosso coração firmado e recordado, junto com a gratidão e com nosso compromisso de vivermos a nossa vocação. De vivermos bem a nossa vocação. Se eu puder deixar três palavras para nós guardarmos no nosso coração, nesses 34 anos, eu diria: a primeira – acolher –, acolher o carisma que Deus nos deu, acolher na nossa vida, nos deixar consolar por esse carisma, nos deixar transformar por esse carisma, nos deixar configurar a ele. E nós, hoje, renovemos a nossa disposição de acolher o dom, o carisma, a graça que nos foi dada. Segunda coisa – conservar. O carisma é um dom que nos foi dado, que no decorrer da história, ele vai se renovando e crescendo dentro de nós ou então corre-se o risco do nosso mundanismo abafar. E, por isso, é muito importante conservar dia após dia, desafio após desafio, graça após graça, não permitir em nenhum momento que o ardor inicial seja abafado por qualquer coisa. Recordemos o nosso início de fundação em que Dom Aloisio Loschaider dizia ‘Nunca perca o fervor.’. Isso significa conservar… E a terceira palavra – transmitir -, transmitir esse carisma, através de uma vida ofertada, através da dinâmica da missão, através do acolhimento dos novos. Ir ao encontros dos homens e mulheres que estão distantes de Deus e transmitir a graça que recebemos…”
Finalizando, Moysés, movido pelo Evangelho do dia, repetiu, com ênfase, a frase que nunca sai dos seus lábios:
“Dar de graça o que de graça recebemos”
Liana Mesquita