“Põe tua alegria no Senhor e ele realizará os desejos do teu coração.” (Salmo 37,4)
Meu nome é Bruna, sou jornalista, consagrada da Comunidade de Aliança, na missão de Curitiba-PR. Minha história de amor com Pablo é a história do amor de Deus que sempre nos surpreende e sabe nos fazer felizes.
Sou natural de Londrina, também no Paraná, e me mudei para Curitiba em 2013, por um convite do trabalho (o que na época eu já tinha entendido ser uma providência de Deus para mudar minha vida, mas isso é uma história para outro texto rs). Aqui, naquele mesmo ano, conheci a Comunidade Católica Shalom e logo entendi que tinha encontrado tudo o que procurava (e tinha mesmo, mas mal sabia o quanto ainda seria surpreendida!).
Pablo e eu nos conhecemos em 2015, em Curitiba. Na época, eu era uma vocacionada cheia de alegria e empolgação, e ele – natural do RJ – chegou como postulante da Comunidade de Vida. Logo nasceu uma amizade muito boa, com partilhas sobre a vida dos santos e sobre o nosso desejo de santidade.
Um feliz encontro
Sempre o admirei pelo seu zelo com as irmãs, pela sua vida de oração luminosa, pela retidão de coração e sincero desejo de fazer a vontade de Deus. Sabia que a mulher que caminhasse ao lado dele seria uma felizarda, mas nunca me passou pela cabeça que a bem-aventurada seria eu! Até porque eu havia fechado meu discernimento para a Comunidade de Aliança, o que excluía qualquer outra possibilidade [pelas dinâmicas de vida diferentes, uma pessoa da Comunidade de Vida não pode se casar com uma da Aliança]. E nós nem pensávamos em nada mesmo, porque o mais caro para nós dois era cumprir os planos de Deus a nosso respeito.
E assim o tempo passou. Pablo morou dois anos em Curitiba, depois seguiu seu caminho missionário. Olhando para trás, notamos que sempre estivemos próximos e conseguimos nos ver (sem planejar) em todos os anos que ele morou fora. Volta e meia, fazíamos algumas partilhas sobre as lutas da vida, nos confiando a oração um do outro.
Ouvindo novamente uns áudios que trocamos em 2018, vi o quanto confiava a ele o tesouro do meu coração, de forma totalmente desinteressada. Aliás, gostava de conversar com Pablo justamente porque sabia que não surgiria dali uma segunda intenção e que ele, de fato, rezaria por mim.
Um chamado de Deus
Um dos nossos temas de partilha também era o estado de vida. Eu trazia um profundo medo do matrimônio e, durante algum tempo, rezei com o celibato. Quanto mais eu rezava, mas entendia que não era celibatária, mas a luta interior para me abrir a alguém era grande. Até que, em 2020, já consagrada, em uma formação comunitária fui questionada sobre o que me impedia de abraçar meu estado de vida.
Minha formadora da época (Luciana Lopes, hoje ecônoma em Teresina) orientou que estabelecesse um dia na semana para rezar com pontos concretos, e isso foi fundamental para que eu assumisse: Deus me chama ao matrimônio!
No começo desse mesmo ano, Pablo havia voltado para o Rio de Janeiro, após um processo de discernimento com as autoridades para deixar a Comunidade de Vida. Continuamos nos falando normalmente, ele contava de seus planos e das lutas para se adaptar ao novo tempo de busca por trabalho e de experiência na Comunidade de Aliança. Mas nada além disso.
Uma surpresa divina
Até que, em outubro de 2020, ele me mandou uma mensagem com um tom meio diferente: “Bruna, como você está? Fui fazer um café aqui e me lembrei muito de você!” (café também era um dos nossos interesses comuns, além de literatura). Foi aí que meus olhos se abriram: por que nunca pensei em namorar o Pablo? Que ideia genial!
Deus e suas ideias geniais! Deus e Sua paciência! Deus e Suas surpresas! Aquele era o tempo favorável. Eu sabia que era chamada ao matrimônio. Eu conhecia o caráter do Pablo. Eu não tinha medo de me abrir a ele. De fato, o amor lança fora o temor!
E assim fomos nos aproximando de uma forma nova, e nosso coração se enchia cada vez mais de uma alegria inexplicável. Pablo me chamou para rezar a novena a Nossa Senhora do Rosário de Pompeia e isso nos aproximou ainda mais.
Um novo tempo
Caminhamos um tempo a distância e, nesse período, o rosário foi uma sabedoria de Deus para nós. Depois, lendo meus cadernos de oração, lembrei que em uma formação pessoal Deus havia dito que o rosário seria a via de concretização do meu estado de vida. Quando terminamos a novena (que dura quase dois meses), Pablo me pediu em namoro. No dia de São José, no Ano de São José, ao lado da Igreja de São José no Rio de Janeiro.
Dois dias depois nos despedimos no aeroporto e voltei para Curitiba, sem saber como seria dali para frente. “Como vai ser isso? Quem vai mudar de cidade?”, nos questionavam. Não sabíamos! Mas Deus sabia! Foram apenas 50 dias de distância, até que Pablo conseguiu um emprego em Curitiba e a providência de Deus (pela intercessão sempre presente e concreta de São José) se encarregou de tudo e continua nos surpreendendo a cada passo.
Temos colhido muitas graças no nosso namoro. Deus nos prometeu um tempo de cura e, de fato, tem sido. Cura afetiva e até mesmo física, muito concreta. Como a oração de um pelo outro tem poder de cura e como a vivência do ordinário nos cura e amadurece! A esperança e a alegria também são marcas muito fortes do nosso relacionamento. Eu já tinha 33 anos quando começamos a namorar, e muitas vezes achei que não tinha alguém para mim, que na minha idade os homens bons já estavam comprometidos. Mas Deus conhece nosso coração e nunca Se deixa vencer em generosidade. Foi buscando fazer a vontade dEle que nos conhecemos.
Aos que estão à procura do amor, nosso conselho costuma ser: abram-se a sadias amizades, sirvam com alegria, busquem sinceramente a vontade de Deus e tenham fé, porque Deus é o mais interessado na nossa santidade. Mesmo em meio aos meus questionamentos, eu tinha uma certeza: se fosse fundamental me casar para ser santa, Deus me daria a graça, abriria a vereda pelo deserto. E Ele me deu infinitamente mais do que eu poderia sonhar! Deus é Pai e sabe nos fazer felizes até nos detalhes!
Bruna Komarchesqui
Comunidade Aliança Shalom
Serviço
Congresso Shalom das Famílias 2022 – O amor na família: vocação e caminho de santidade
Quando: 25 e 26 de junho de 2022
Local: Fortaleza – CE
Inscrições: [link]
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É possível ver a condução de Deus sobre a história e o relacionamento de vcs! Deus os abençoe sempre! Lindos!!
Dani linda, que saudade! <3 Amém!!! Reze por nós!
Admiro demais vcs.
Tia Bach, nós que admiramos vocês e o belo testemunho de família missionária <3