Rapidamente, o garoto se tornou uma estrela e, como qualquer outra estrela, teve seus momentos de brilho e de opacidade. Não era uma unanimidade. Havia quem o reverenciasse a cada drible e quem o criticasse a cada derrota. Ao mesmo tempo em que trilhava o caminho do sucesso, surgiam questionamentos sobre sua conduta em campo. Em uma dessas situações onde a personalidade do jovem jogador entrou em choque com a autoridade, seu treinador chegou a dizer: “Estamos criando um monstro!”. Ele era decisivo, mas sua conduta em campo às vezes acabava colocando em risco os ânimos e os resultados.
Sabe aquele defeito que todo mundo conhece na gente e que a gente acaba “cultivando” como se fizesse parte de nosso estilo, nosso jeito de ser? Sem perceber, você pode estar “criando um monstrinho”!
O garoto cresceu e ganhou o mundo. O Brasil inteiro colocou nele suas esperanças de conquistas e viu sua estrela brilhar nos palcos mais importantes do futebol mundial. No entanto, quanto maior é a estrela, mais ela é vista e fica difícil esconder os vacilos que aparecem no “telão ao vivo”. A mídia é cruel com as estrelas…
Ainda assim, é bom aprender alguma coisa com a crítica, afinal, a história deste jovem não está tão distante da história de cada um de nós. Sabe aquele defeito que todo mundo conhece na gente e que a gente acaba “cultivando” como se fizesse parte de nosso estilo, nosso jeito de ser? Sem perceber, você pode estar “criando um monstrinho”!
É possível (e doloroso) levar uma vida fake na rede social, sobretudo quando nossos amigos se esforçam para mantê-la. Porém, é ainda mais doloroso quando passamos a levar uma vida fake no mundo real, no trabalho, na família, com os amigos. É possível monitorar o que se diz de nós e até influenciar as opiniões, mas a verdade do que realmente somos continua sendo ao vivo. O fake pode funcionar nas redes, mas não na vida real.
Amadurecer é um processo natural e precisamos cooperar com ele. É preciso aceitar com naturalidade as críticas, sem vitimismo, reconhecer os próprios erros e acolher com desprendimento os elogios. É preciso reconhecer-se necessitado dos outros, sobretudo para aprender com eles. Ninguém é tão craque para ser campeão sozinho. E nunca é tarde para recomeçar.