Muitos dizem que o Shalom é uma escola, e olhando para minha vida percebo o quanto essa vocação me ensinou. A exemplo de saber organizar meu tempo e priorizar o que é essencial, assim elegi em primeiro lugar a Deus e em segundo a minha família. Eis o meu campo de missão onde devo zelar diariamente pela conversão de cada membro e ajudá-los a alcançar o céu. Para uma melhor vivência espiritual na Comunidade, o Shalom dá a todos nós, a mim e a você leitor(a), um grande auxílio: o Beraká, a oração familiar.
Em minha casa, todas as terças-feiras à noite, é o dia que eu e meu esposo não temos compromissos comunitários, então, elevamos nossa família a Deus através da oração. Os desafios são muitos! Temos duas filhas pequenas, Maria Eduarda de dois anos e Yasmin de três meses. Mas, elas não são empecilhos para rezarmos, pelo contrário, são a nossa maior motivação, para que elas aprendam através de nós a amar a Deus sobre todas as coisas.
Devido às pequenas, nossas orações são bastante animadas, fazemos um grande louvor com músicas e danças; regado de risadas e dinamismo; agradecemos pelo que temos, inclusive as coisas simples; despertamos o olhar delas para que sejam gratas a Ele pelas pequenas e grandes coisas que nos foram dadas, fazendo com que cresçam em humildade e gratidão.
Depois, rezamos com a Palavra de Deus, muitas vezes entre mamadas e choros, porém nosso olhar e atenção está em Deus. Portanto tentamos não nos dispersar, envolvendo-as de maneira simples, ofertando algum item do altar para Duda segurar, enquanto um de nós dois nina a mais nova.
Não abrimos mão do Beraká porque ele une a nossa família, em especial, eu e o meu esposo. Conseguimos rezar um pelo outro e ao final partilhamos sobre o que Deus nos falou. Finalizamos cansados, devido ao malabarismo que fazemos para estarmos com Deus, mas o coração está aquecido pelo Espírito Santo que nos faz, dia após dia, crescer no amor esponsal.
Iluminados por Cristo, reconhecemos aquilo que precisamos crescer e amadurecer de forma pessoal e familiar e bendito seja Deus por isso! Será desafiante sempre, para quem não tem filhos ou para quem tem muitos, mas o que cabe a mim e a você é termos decisão para encontrarmos Àquele que está a nossa espera. Só tenho gratidão a Ele por ter nos dado esse instrumento para santidade e por esse chamado a vocação Shalom que tanto alimenta a nossa alma.
Fernanda Vilar,
Discípula na Comunidade Católica Shalom