Quando começamos a sentir a necessidade de organizar a vida, pensamos essa organização de forma individual. Claro, “seu” planejamento, “sua” rotina, são detalhes que realmente te pertencem.
Porém, isso tudo precisa ser pensado também para o outro e muitas vezes com a ajuda do outro. A organização nos pede para não caminhar sozinho. Na rotina, por exemplo, você não pode pensar de forma isolada. Precisa pensar nas pessoas ao seu redor, nos colegas de trabalho, nos irmãos de ministério, nos filhos, no esposo, nos irmãos de casa comunitária…
Quando pensamos apenas no “meu” tempo, corremos o risco de caminhar ligeiramente e deixar pessoas importantes para trás. É arriscado fazer com que deixem de te acompanhar… Perceba que não falo “dos seus momentos de sadia solidão”, ou de descanso… Mas, no dia a dia, e no todo do planejamento, precisamos construir hábitos e rotinas que levem em conta outros ritmos.
Para fazer isso, comece por observar ritmos: se o seu dia possui o envolvimento de outras pessoas, observe o ritmo de cada uma. No momento do dia em que estão mais produtivos, somem as forças. Nos dias em que situações externas interferem na execução das tarefas, ofereça suporte, ajuda. Observe e construa uma rotina de apoio e ajuda mútua. Outra atitude indispensável é o diálogo. Converse com os envolvidos sobre as atividades dependentes; analisem possibilidades que vão além dos pensamentos pessoais; conversem sobre processos e divisões de tarefas. O diálogo é fundamental, principalmente, na família onde a rotina é construída para o lar. Assim, vocês poderão construir processos complementares e auxiliares.
É natural em nossa vida, termos mais oportunidades do que recursos para gerenciar essas oportunidades. No dia a dia, você sempre terá mais tarefas do que condições de finalizá-las. Quando isso acontecer: peça ajuda. Organizar, construir rotinas equilibradas e fazer o planejamento funcionar, sempre vai pedir um toque de “ajuda do outro”.