O Dia dos Pais só recentemente foi incorporado ao calendário civil, uma vez que o dia das mães sempre foi enaltecido, não só pela importância da figura materna, mas também pelo apelo comercial midiático, uma vez que, depois do Natal, o dia das mães é a comemoração mais impactante da sociedade, logicamente merecida.
A figura do pai sempre foi vista secundariamente, como aquele que provê as necessidades da família, no tocante ao seu sustento. O homem culturalmente, desde o seu primórdio, precisou até por uma questão de sobrevivência ir em busca de um trabalho para trazer o sustento para sua família. Com isso era muito mais ausente do lar. A mulher tinha o papel da gestora, da educadora, da administradora do lar e, por isso, mantinha um elo de afeto com as crianças mais próximo do que o homem.
“filhos órfãos de pais vivos”
Nos tempos passados a figura do pai era uma figura austera e, por uma mentalidade da época, não podia ou não conseguia demostrar afeto por seus filhos. Seu papel na família era bem definido: provedor. Daí os laços maternos afetivos serem tão fortes, isso sem contar que realmente pelo fato das mulheres gerarem no seu ventre durante 9 meses um ser vivo, esse laço afetivo é intrinsecamente muito mais forte.
Para o homem, apesar de constituir uma realização biológica e emocional, por sua racionalidade que lhe é peculiar, suas reações e ações de afeto são menos expressas que a das mulheres. Isso não é a regra, mas uma grande maioria se comporta assim, por uma questão cultural. São os chamados “filhos órfãos de pais vivos”. Isso tem trazido sérios problemas psicológicos e comportamentais nos filhos.
Atualmente, contudo, devido às mudanças da sociedade, grande parte fruto das conquistas femininas, este comportamento Pais e Mães mudou. Outrora os papéis do pai e da mãe eram muito bem definidos. Hoje em dia, o homem moderno tem assumido também afazeres domésticos no cuidado com a casa e os filhos, em função da sobrecarga de trabalho dentro e fora de casa que as mulheres tiveram de assumir.
A figura paterna é essencial
Neste ponto foi positivo, pois o homem começou a assumir seu papel também de coparticipação na criação dos filhos. Por outro lado, nunca se viu tantas famílias sem a presença paterna. São os chamados “filhos órfãos de pais vivos”. Isso tem trazido sérios problemas psicológicos e comportamentais nos filhos.
A figura paterna é essencial para o equilíbrio da família. O pai exerce um papel fundamental, não só como um sustentáculo firme de apoio para a mãe, mas também de autoridade, de firmeza e de limites, imprescindíveis no saudável desenvolvimento psíquico, comportamental e social do indivíduo, sem autoritarismo.
Quando se casa e se tem um filho, não recebemos um manual de como ser cônjuge e como ser pai e mãe. Mas existe em nós um instinto, um desejo de acertar.
Jesus tinha uma ligação inseparável com o PAI
Nada fazia em desacordo com a vontade do PAI. Muitos homens têm dificuldades em assumir seu verdadeiro papel de pai, tendo em vista não terem tido uma boa referência. Mas aqueles que seguem a Jesus tornam-se novas criaturas pelo poder do Espirito Santo.
É preciso aprender, estudar, ler e colocar em prática a Palavra de Deus, que é o nosso melhor GPS. Participar de encontros e grupos de oração para casais. Desta maneira vamos obtendo conhecimento em vista da nossa missão. Em PROVÉRBIOS 1, 8-9 diz: “Ouve, meu filho, a instrução de teu pai: não despreze o ensinamento de tua mãe. Isso será, pois, um diadema de graça para tua cabeça e um colar para teu pescoço”.
Hoje as famílias estão sendo sutilmente condicionadas pela mídia a cada vez mais se afastar dos princípios evangélicos. Deus Pai está sendo afastado do nosso dia a dia, cada vez mais. Cabe a nós, pais, não deixar que isso aconteça. Falem de Deus, vivam com Deus, sejam testemunhas para os seus filhos; e verão os frutos em seus filhos, criando-os para serem jovens e adultos equilibrados e transformadores de uma sociedade que precisa de Deus, pois Ele quer só a nossa felicidade e salvação.
TESTEMUNHO
SOU CASADO COM A LAURA MARTINS, caminhando há 28 anos no Shalom. TEMOS 3 FILHOS. Desde pequenos educados segundo a fé católica e nossa vivência como Consagrados na Comunidade de Aliança. Eduardo e Laura Cristina são da COMUNIDADE DE VIDA e Gustavo casado com Débora, ambos da COMUNIDADE DE ALIANÇA. Deus em sua infinita misericórdia resgatou toda a família. Mas é preciso se abrir à sua graça para que Ele possa fazer uma OBRA NOVA em nossas famílias. ESSA é a maior graça que um pai (casal) pode ter em sua vida! FELIZ DIA DOS PAIS!
Por Dr. Eduardo Martins