“Se creres verás a glória de Deus”, disse Jesus antes chamar à vida seu amigo Lázaro. O trecho é narrado pelo evangelista Lucas, no capítulo 11. Mas qual a melhor compreensão da expressão “A Glória de Deus”? Durante a celebração eucarística deste domingo (2), no primeiro dia do Renascer 2025, padre Antônio Furtado destacou três entendimentos acerca da união destas palavras.
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A compreensão inicial, de acordo com o sacerdote, é o de sentido de poder, intervenção e Providência Divina. “Toda vida que Deus providencia algo para seu povo, Ele providencia a Glória de Deus. No Êxodo, quando Deus tirou o povo da terra do Egito, diz o versículo 7 do capítulo 16: ‘pela manhã vereis a Glória do Senhor’ e Deus fez milagre do maná, alimentando seu povo faminto”, explicou.
Sinais da glória de Deus
Para Furtado, os milagres de Jesus, narrados pelo evangelista João são sinais que manifestam a glória do Senhor no meio do seu povo.
Outra compreensão é a da presença de Deus. “Diante da Sua glória não podemos ficar de pé. Em alguns momentos, a glória de Deus se manifestava e os sacerdotes sequer conseguiam ficar de pé. Exemplo disso, no Novo Testamento, no Getsêmani, os soldados caem diante da presença de Jesus. O repouso no Espírito Santo é outro exemplo desta compreensão. O Antigo Testamento expressa: ‘a glória do Senhor habitava sobre o monte Sinai (Êxodo, 24,16)’, um sentido de presença e habitação”, conclui.
A catequese foi realizada durante a homilia da Santa Missa que encerrou a primeira noite do Renascer, em sua 39ª edição, em Fortaleza. O retiro gratuito é promovido no Ginásio Paulo Sarasate e segue até esta terça-feira (4).
Ainda durante a celebração o sacerdote lembrou que a Virgem Maria é o Tabernáculo da Glória de Deus, do Verbo encarnado, semelhante ao santuário onde Deus habitava no meio do seu povo.
Padre Antônio Furtado relembrou ainda a necessidade da fé, à luz do que diz Jesus, para ver a glória. “A palavra crer aparece aproximadamente 100 vezes no Evangelho de João, que tem como símbolo a águia, aquela que contempla de cima, e que permitiu uma teologia que deu às primeiras comunidades cristãs o entendimento maravilhoso sobre quem era Jesus Cristo, caminho, verdade e vida”, ressaltou.
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