Igreja

Papa aos heróis da pandemia: Que termine bem esse milagre que vocês começaram

Uma grande delegação formada por profissionais da saúde e sacerdotes que vieram da área mais afetada pelo coronavírus na Itália (região norte do país), foi recebida por Francisco. Confira os relatos daqueles que encontraram o Papa.

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Médicos e enfermeiros, em particular, descritos pelo Pontífice como “artesãos silenciosos da cultura da proximidade e da ternura”, se sentiram abraçados pelas palavras tanto de reconhecimento pelo “serviço árduo e até heroico” feito durante a pandemia, como de encorajamento para seguir adiante. O encontro aconteceu no último final de semana. O Papa Francisco, que recebeu esses profissionais no Vaticano, motivou – em suas palavras – esses “anjos” a canalizarem a energia positiva para produzir frutos no futuro.

E acrescentou:

“Não se esqueçam que, com o trabalho de vocês, de todos vocês, médicos, paramédicos, voluntários, sacerdotes, religiosos, leigos, que fizeram isso, começaram um milagre. Tenham fé e, como dizia aquele alfaiate, um teólogo já falecido: “eu nunca vi Deus começar um milagre sem terminá-lo bem”. [Manzoni, Promessi sposi, cap. 24°]. Que termine bem esse milagre que vocês começaram.”

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As enfermeiras são mães

Respeitando o distanciamento social durante todo o encontro, o Papa foi ao encontro dos profissionais da saúde presentes para saudá-los, um a um, “com gentileza, como se deve fazer, como as autoridades disseram para fazer”, ressaltou o Pontífice.

“Quando ele se aproximou, disse palavras muito bonitas. Eu disse que era uma enfermeira, junto com as outras colegas, e ele nos disse que as enfermeiras são como mães que expressam ternura. Depois, me contou uma anedota pessoal: disse que devia a sua vida à uma enfermeira que lhe tinha dado uma dose a mais daquela recomendada pelo médico”, relatou uma visitante.

Gestos de proximidade

O médico do Pronto-Socorro do Hospital Papa João XXIII, de Bergamo (Itália), Massimiliano De Vecchi, também presente na audiência, falou da situação atual sob controle em relação aos meses anteriores, apesar de ter vivido uma tragédia pessoal. De Vecchi chegou a contar ao Pontífice que perdeu o pai, vítima da Covid-19: “percebi que o Papa, naquele momento, rezou por ele. Foi um gesto de proximidade que me marcou muito”, disse o médico.

E acrescentou: “Das suas palavras me impactaram mais quando enfatizou as boas coisas vividas e emersas durante essa tragédia. O Papa nos recordou que, em meio a tanta dor, a tanto sofrimento, existiram muitos gestos de proximidade, de solidariedade, e que não devemos nos esquecer disso, mas guardar tudo para o futuro.”

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