Sete tornou-se sagrado:
Descansou no sétimo dia
Deus no sentido figurado.
O Príncipe dos Apóstolos,
Pedro, veio Lhe perguntar,
Tão somente sete vezes
Deveria o irmão perdoar.
Jesus respondeu: ‘Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.” (Mt 18,22)
Na Aritmética de Deus,
Jesus “elevou a potência”:
Multiplicou por setenta
O perdão da Providência.
Perdoar não é humano,
É Deus em ato ensinando,
Os vasos de argila caídos,
Pecadores se perdoando.
“Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados.” (Mt 18,23)
Encarnado no Tempo,
Humano e Divino Jesus,
Perdoou Seus algozes
Crucificado lá na Cruz.
Perdoar é dom divino,
Amor jorrando do Céu,
Que liberta os cativos,
Acerto de contas do réu.
“O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida.” (Mt 18,34)
O perdão dá ao homem
A verdadeira liberdade.
O sábio aprendeu amar,
Conheceu essa verdade.
Perdoar nossas ofensas,
Perdoando os inimigos.
Revogar nossa sentença,
Se da Cruz somos amigos.
“É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão.” (Mt 18,35)
Perdão, carta de amor
Escrita com o coração.
Forja do Amor Esponsal
Unido a Deus no perdão.
“Perdoamos tão pouco…
Ó Senhor, tende piedade!
Iluminai nossos corações
Neste dom de eternidade.”