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“Seis dias depois, Jesus toma consigo Pedro, Tiago e seuirmão João e os leva a parte, a um monte alto. E se transfigurou diante deles:seu rosto se pôs brilhante como o sol e suas vestes se tornaram brancas como aluz.”
Por que a fé, as práticas religiosas estão em declive e nãoparecem constituir, ao menos para a maioria, o ponto de força na vida? Por queo tédio, o cansaço ao cumprir os próprios deveres de cristãos? Por que osjovens não se sentem atraídos? Por que, em resumo, este abatimento e esta faltade alegria entre os crentes em Cristo? O episódio da transfiguração ajuda-nos adar uma resposta a estas questões.
Que significou a transfiguração para os três discípulos quea presenciaram? Até então haviam conhecido Jesus em sua aparência externa, umhomem não diferente dos demais, de quem conheciam a procedência, os costumes, otom de voz… Agora conhecem outro Jesus, o verdadeiro, que não se consegue vercom os olhos de todos os dias, à luz normal do sol, mas que é fruto de umarevelação imprevista, de uma mudança, de um dom. Para que as coisas mudemtambém para nós, como para aqueles três discípulos no Tabor, é necessário quesuceda em nossa vida algo semelhante ao que ocorre a um jovem ou a uma moçaquando se enamora. No namoro, o outro, que antes era um entre tantos, ou talvezum desconhecido, de imediato se faz único, o único que interessa no mundo. Tudoo demais retrocede e se situa em um fundo neutro. Não se é capaz de pensar emoutra coisa. Sucede uma verdadeira transfiguração. A pessoa amada é vista comoem um raio luminoso. Tudo aparece belo nela, até os defeitos. Sente-se indignodela às vezes. O amor verdadeiro gera humildade.
Concretamente muda algo, inclusive, nos hábitos de vida.Conheci jovens que pela manhã seus pais não conseguiam tirá-los da cama parairem ao colégio; se encontravam um trabalho, em pouco tempo o abandonavam; oubem se descuidavam nos estudos sem formar-se jamais… Depois, quando namoravamalguém e noivavam, pela manhã saltavam da cama, impacientes por acabarem osestudos; se têm um trabalho, cuidam muito dele. Que ocorreu? Nada.Simplesmente, o que antes faziam por constrição, agora o fazem por atração. E,a atração é capaz de fazer coisas que nenhuma constrição consegue; põe asas nospés. “Cada um”, dizia o poeta Ovídio, “é atraído pelo objetivo do próprioprazer”.
Algo do estilo, dizia, deveria suceder uma vez na vida paraser verdadeiros cristãos, convencidos, alegres. “Mas a moça ou o rapaz se vê,se toca!”. Também Jesus se vê e se toca, mas com outros olhos e com outrasmãos: os do coração, da fé. Ele está ressuscitado e está vivo. É um serconcreto, não uma abstração para quem tem esta experiência e este conhecimento.Mais ainda, com Jesus as coisas vão ainda melhor. No namoro humano háartifício, atribuindo ao amado dotes que talvez não tenha e, com o tempo,freqüentemente se está obrigado a mudar de opinião. No caso de Jesus, quantomais se lhe conhece e se está junto, mais se descobrem novos motivos para estarorgulhosos d´Ele e confirmados na própria eleição.
Isto não quer dizer que devemos esperar também com Cristo aclássica “flechada”. Se um rapaz ou uma moça fica todo o tempo encerrado emcasa sem ver ninguém, nunca sucederá nada em sua vida. Para se enamorar, há quese encontrar! Se está convencido, ou simplesmente começa a pensar que talvezconhecer Jesus deste modo diferente, transfigurado, é belo e vale a pena, entãoé necessário que comece a “encontrá-Lo”, a ler seus escritos.
Suas cartas de amor são o Evangelho: aí Ele se revela,“transfigura-se”. Sua casa é a Igreja: aí Ele é encontrado.