A vida de um ser humano é cheia de surpresas. Surpresa é uma emoção forte que aparece diante de uma situação ou contexto onde somos surpreendidos por algo que não estávamos esperando. Ela chega e desaparece com grande rapidez e se mistura rapidamente a outras sensações, dependendo do contexto. A ressurreição do meu Filho Jesus, o Shalom do Pai, teve um grande efeito em todos.
Eu também, fui alcançada pelo choque de Sua ressurreição. Alguém poderia, então, se perguntar: “Mas por que Jesus Ressuscitado não apareceu primeiramente à Sua mãe, em vez de aparecer a Maria Madalena? Será que sua mãe, não era mais importante do que todos, inclusive até mais que seus apóstolos?”
Entre as respostas que eu, uma simples Mulher daria, é: Eu já havia recebido há mais de 30 anos, um outro choque, tão forte e perfeito quanto esse da ressurreição, trata-se do choque da sua encarnação em meu ventre. Ali, fui eletrocutada pela graça, quando o Anjo do Senhor me disse: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, ele será grande é será chamado Filho do Deus Altíssimo” (Lc 1,26-38).
Além disso, vamos combinar, naquele contexto de suspeitas, de inseguranças do povo e dos líderes, quem acreditaria no testemunho da mãe ou de alguém ligado à família de um crucificado? Meu testemunho materno, por mais sincero e convicto que fosse, não teria a validade necessária para dar crédito de fé a um evento tão glorioso. Assim, eu também, na minha realidade de Mãe, fui impactada pelo choque da ressurreição de meu Filho, o Shalom de Deus entre nós. Vi nesse acontecimento glorioso o ápice do cumprimento de tudo o que o Anjo do Senhor havia me prometido, há mais de 30 anos. Permita-me repetir: “Ele será grande e será chamado filho do Altíssimo!” (Lc 1,32).
“Se alguém me ama, guardará minha palavra e o meu Pai o amará e a ele viremos e nele estabeleceremos morada” (Jo 14,23). Essas declarações de meu Filho foram dirigidas aos apóstolos, mas podem ser aplicadas em máximo grau a mim, pois fui eu a primeira seguidora, serva e discípula de Jesus. Fui eu a primeira que, por virtude da graça de Deus, observou plenamente as palavra do meu Shalom, demonstrando a Ele um grande e comprometido amor, não somente de mãe, mas também de serva, discípula e apostola humilde e obediente. Assim, não apenas meu coração, mas meu próprio corpo tornou-se morada do Senhor.
Como podemos ver, o anjo tinha razão, eu havia de fato, “encontrado graça diante de Deus” (cf. Lc 1,26-38). Assim, quando as notícias de sua ressurreição começaram a se espalhar, a única coisa que meu coração de Mãe fazia era repetir frases do Magnificat, com um louvor mais intenso e mais maduro do que aquele, de quando Meu Shalom havia sido fecundado dentro de mim.
Venha comigo, renove sua alegria e gratidão pela encarnação de Jesus e por sua gloriosa Ressurreição:
“A minh’alma engrandece o Senhor, exulta meu espírito em Deus, meu Salvador! Porque olhou para a humildade de sua serva, doravante as gerações hão de chamar-me de bendita! O Poderoso fez em mim maravilhas, e Santo é seu nome! Seu amor para sempre se estende sobre aqueles que O temem! Manifesta o poder de seu braço, dispersa os soberbos; derruba os poderosos de seus tronos e eleva os humildes; sacia de bens os famintos, despede os ricos sem nada. Acolhe Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido a nossos pais, em favor de Abraão e de seus filhos para sempre! Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, como era no princípio, agora e sempre. Amém! (Lc 1,46-55).
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