Em última palavra: não.
A Igreja é muito clara em denunciar o mal que é o aborto, pois é algo que não condiz com nossa espécie humana e um atentado a pessoas inocentes, não havendo em relação a isto meio termo aceitável. Porém, temos que falar também que não só este tema é tratado como não discutível. Outros temas são também postos em análise, a Igreja sempre se pronuncia a respeito dos mesmos, infelizmente alguns destes temas são comuns no meio de nós, às vezes amplamente defendidos por católicos não participantes, e outros chegando na mídia e na moda nos últimos tempos com grande força a ponto de transformar a maneira de ver tais assuntos como sendo algo natural e bom para o homem.
Por este motivo, se algum candidato ou partido, se pronunciar declaradamente a favor do aborto, ou de temas por demais nocivos a pessoa humana, sua dignidade ou liberdade, então nós como católicos, como cristãos e como homens de boa vontade não podemos descuidar destes assuntos e preferir procurar outros candidatos que em seu projeto de governo sejam contra estes e temas tão contundentes. É claro, que não devemos nos fechar somente neste ponto, todo o resto do candidato e seu partido deva ser analisado para se ter uma palavra final, outrossim, não podemos em nome de boas propostas e conduta destes deixar passar temas por demais importantes como o aborto.
A respeito deste tema em si, não só quem pratica o aborto está o realizando, mas também todos que o promovem, liberam ou lhe possibilitam. Incorreríamos em risco de o estar realizando, e de modo amplo se déssemos este voto em alguém que declaradamente se diz assim.
Nestes dias houve um sensacionalismo gerador de polêmica quando um clérigo disse uma realidade palpável: pode acontecer de todos os candidatos em determinada eleição serem a favor do aborto, neste caso este não seria para nós o ponto que nos impedir de votar nele, senão votaríamos nulo,que é algo que a Igreja entende também como grande perda para a pessoa humana.