Os celibatários refletem a pessoa do Espírito Santo e atuam como instrumento de fecundidade e de poder espiritual para a Comunidade e para a Igreja. Em 2018, na Revista Escuta, Moysés Azevedo, fundador da Comunidade Shalom notificou:
“Aproveito para anunciar que, fazendo um coligamento com os jovens celibatários, o dia da Apresentação do Senhor será, oficialmente, para a Comunidade, o dia de celebração do celibato pelo Reino. Nós temos o dia do sacerdote, o dia das famílias, dos pais, das mães, da Sagrada Família, e agora, no dia da Apresentação do Senhor, o Senhor nos inspirava, como Conselho Geral da Comunidade, a instituir este dia para celebrar este mistério.”
No ano seguinte, iniciou a tradição de celebrar o Dia do Celibato, juntamente com o solenidade da Apresentação do Senhor, data que faz memória ao dia em que o Menino Jesus, no 40°dia de vida, foi levado ao Templo de Jerusalém, por Maria e José, apresentado aos sacerdotes e consagrado a Deus. Como Igreja Católica, é dia de celebrar também, o dom da vida consagrada.
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Para Wendel Nobre, animador do celibato na Missão Fortaleza, celebrar esta data é “reconhecer que Deus é o verdadeiro essencial em nossas vidas“.
A vivência celibatária
Homens, mulheres, jovens, idosos, sacerdotes, optam viver o celibato pelo Reino dos céus, a fim de dar na totalidade do ser e do existir, uma resposta fecunda de amor a Deus, correspondendo ao chamado, de ser inteiramente de Deus.
Um celibatário pelo Reino dos Céus consagra totalmente a vida a Deus e, por isso, renunciam ao casamento. A opção resulta da percepção do amor de Cristo e do chamamento, correspondidos positivamente numa relação crescente de amor para com Ele. Nesse caso, a motivação para o celibato é teológica e carismática, é uma graça divina que a pessoa acolheu e a qual correspondeu livremente com a entrega total de si mesma a Deus.
Papa Francisco afirma que “a vida consagrada nasce na Igreja, cresce e só pode dar frutos evangélicos na Igreja, na comunhão viva do Povo fiel de Deus”. Logo, esta fidelidade de Deus, que se manifesta na alegre perseverança de tantos celibatários e se nota no dispor, no servir e no amor com os irmãos. A oferta é livre, fecunda e feliz.
Opção livre por amor
A vida celibatária é a concretização da vocação ao amor e à comunhão a que todos são chamados. Respondendo a tal vocação inscrita no próprio ser, a pessoa humana realiza a sua condição e dignidade de imagem e semelhança de Deus, que “é amor e vive em si mesmo um mistério de comunhão pessoal de amor” (CIC, 2331). Não pode haver opção celibatária que não seja motivada pelo amor a Deus e ao próximo.
Há um texto da Serva de Deus Chiara Lubich que reflete sobre castidade como “dilatar o coração segundo a medida do coração de Jesus”. Fazendo assim, a pessoa empenha-se em amar cada irmão “como Jesus o ama”. A isso a autora chama a “castidade de Deus”. Escolhendo o celibato por ter sentido o grande amor de Cristo por Ele, o fiel cristão esforça-se por viver o amor à maneira e segundo a medida de Cristo.
Como um sinal visível, próprio da Comunidade Católica Shalom, a aliança identifica os membros celibatários. Isto representa a fidelidade de um amor exclusivo a Deus em Jesus Cristo, o esposo das almas.
Celebrar esta data na Comunidade Shalom é bendizer pelos frutos da vida celibatária como dom de Deus. É contemplar que Deus é capaz de cumular e saciar aqueles que Ele escolheu como celibatários, a oferta fecunda que sobrepõe a graça e as intervenções humanas.
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