Crer no que não se vê
De acordo com a fé católica, professamos: “Creio em Deus Pai Todo-poderoso, Criador do Céu e da Terra”, de todas as coisas visíveis e invisíveis. Para crer no mundo visível é fácil, pois nele vivemos, tocamos e o sentimos; mas acreditar na criação do Céu e do mundo invisível a qual pertencem os anjos, é necessário crer pela fé.
A Sagrada Escritura nos dá testemunho da presença dos anjos. Desde o livro do Gênesis, onde se é descrito como estes livram constantemente seu protegido de inumeráveis males e perigos tanto da alma quanto do corpo, dos quais o homem não se dá conta (Gn 48,10); até o livro do Apocalipse, que descreve a batalha no Céu, na qual Miguel e seus anjos combateram o dragão, e este e seus anjos travaram combate, mas não prevaleceram (Ap 12,7). Do início ao fim do mundo, assim como no início até o fim da nossa existência, contamos com a presença e proteção dos anjos.
Diz-nos também o Catecismo da Igreja Católica: “a existência dos seres espirituais, não corporais, que a Sagrada Escritura chama habitualmente de anjos é uma verdade de fé”. O testemunho da Escritura a respeito é tão claro quanto a unanimidade da Tradição (cf. CIC n. 328).
A missão pessoal do anjo da guarda
Várias são as pessoas que testemunham experiências com os anjos: “meu anjo da guarda sempre me lembra o que preciso fazer”; “estava perdido e meu anjo da guarda me ajudou a encontrar o caminho”; “uma pessoa apareceu do nada e me ajudou e quando me dei conta a pessoa não estava lá, foi como que a intervenção de um anjo”… Enfim, a co-fundadora da Comunidade Católica Shalom, Emmir Nogueira, dá vários desses testemunhos em seu livro “Anjos nossos de cada dia”, pela Edições Shalom. Mas, com o breve testemunho que veremos agora, gostaria de destacar a missão pessoal do nosso anjo da guarda que é a de nos conduzir a salvação:
Uma pessoa que hoje é consagrada na Comunidade Shalom deu testemunho de que, quando era criança, aos 4 anos de idade, ela se perdeu dos pais na praia. Era época de carnaval e a praia estava lotada. Desesperadamente e incansavelmente os pais procuravam a criança que, misteriosamente, escapou do olhar dos pais e da presença da família que ali estava. A mãe foi para casa aos prantos e desesperada, rezava para que os anjos a protegessem de qualquer pessoa má intencionada, de algum ato violento ou até mesmo de um afogamento. Enquanto isso, o pai e o padrinho permaneceram na praia procurando até que encontraram a criança. Para surpresa deles, a menina estava em segurança aos cuidados de um conhecido, um colega de trabalho conhecido da família. Tudo se resolveu bem… Mas o que podemos concluir?
“Porque aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos” (Salmo 90).
Os anjos estão a serviço de Deus e podemos e devemos pedir a sua proteção. O nosso anjo da guarda nos protegerá em tudo para nos guardar NO CAMINHO: a santidade, que é o que Deus escolheu para nós. Peçamos constantemente a proteção dos anjos! Sobretudo, para que eles nos conduzam para a vontade de Deus que é o melhor e mais seguro lugar.
O maior mal, com certeza, é o pecado. Assim, peçamos constantemente que o nosso anjo da guarda nos rege, nos guarde, nos governe, nos ilumine e proteja de todo mal e de todo pecado, para que possamos puros e livres chegar à plenitude da presença de Deus. Amém!
Shalom
Por Marília Carla
Shalom Guarulhos