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Posso evangelizar sem ter uma experiência com Deus?

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1235932_576180359084216_1370097395_nAntes de pegar um cineminha, é de praxe ler a resenha da trama, qual o tema e quem são os atores e diretores.  Toda essa curiosidade, na verdade, é para termos uma noção básica sobre o filme escolhido. Sobre o conteúdo de um livro, normalmente passamos a vista na “orelha”, ou procuramos algum site literário que nos motive a ir às compras. São as primeiras informações que nos dão o sabor do gosto de “quero mais”.

Esse primeiro contato da informação básica, nos motiva de certo modo, ao desejo de aprofundar na leitura caso compre e leia o livro ou de qualificar e criticar o filme assistido. A partir de então, já não tenho apenas uma noção superficial, e sim conclusões e conhecimento próprio do material.

Mas para descrever uma pessoa… Meu caro, o papo muda de figura. Se for apenas um “colega”, de certo as conclusões serão bem superficiais, pautadas apenas nas aparências, nas conversas reduzidas do “oi, tchau”. A pouca convivência não será suficiente para delinear ou traçar qualquer conjunto de detalhes a respeito da pessoa.

Porém, à medida que vamos estreitando laços, a amizade pode surgir e se tornar cada vez mais sincera. É possível, pelo caminho do amor e pelas atitudes, amar as virtudes e suportar com alegria os defeitos do amigo. Não é mágica. O fato é que só amamos aquilo que conhecemos! Fortificado o relacionamento, somos capazes de retratar fielmente a verdadeira face do coração amigo.

E quando se trata de evangelizar, de falar da pessoa de Jesus?  Posso evangelizar se não tive uma experiência com Deus? Eita, e agora?

Talvez o desafio seja bem maior e nada frutuoso. “Evangelizar” nessas condições, não é uma tarefa simples, pois requer uma experiência pessoal do amor misericordioso de Deus, da sua ternura, da sua compaixão, da oração e do seu “fazer novas todas as coisas” em mim.

Sem ter uma verdadeira intimidade com Jesus, podemos simplesmente transmitir verdades de fé reveladas pela Escritura, e ainda corremos o risco de nos tornar cristãos frios, desses que defendem conceitos, a ponto de não permitir que o Amor transforme nossa própria vida. Será improdutivo tal esforço.

Para ser fecunda e autêntica a evangelização, contamos com a ação da graça de Deus e dos carismas do Espírito Santo uma verdadeira expressão de parresia, ousadia e criatividade. Proclamar a “eterna novidade”, antes de tudo, pelo próprio testemunho.

“Da mesma forma, movidos pelo Santo Espírito, não podemos dispensar os meios lícitos que a ciência e a tecnologia nos oferecem para evangelizar, ao contrário, precisamos contribuir com a graça de Deus, encontrando os “areópagos modernos”, a internet e os outros meios de comunicação, a música, artes, cinema, fazendo deles verdadeiros púlpitos para anunciar a Boa Nova” [1].

Sendo assim, indicar bons livros e filmes com mensagens sadias nas redes sociais, pode ser, a partir de sua experiência com Deus, uma super dica para começar o anúncio Daquele que realiza Obra Nova em nós.

[1] Franco Galdino, A primazia da graça na evangelização Shalom

 

Angela Barroso


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