Viver o tempo quaresmal em todas as suas dimensões e diretrizes que a Igreja nos propõe, colheremos como fruto semeado a Alegria Pascal. Viver a Quaresma sem a expectativa da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor é parar no caminho, ou melhor é errar a meta.
A Quaresma nos põe em dinâmica de conversão para colher vida da Vida do Ressuscitado que passou pela Cruz. Para acolher com alegria os frutos da Pascoa do Senhor é necessário entrar neste deserto e entrar nele sendo conduzido Espírito Santo de Deus: “Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão, e no deserto, ele era guiado pelo Espírito”. Neste deserto serão purificados e desmascarados as sugestões e tentações do inimigo de Deus e nosso. Pois as sugestões e assédios deste inimigo irão tentar desviar nosso olhar do Senhor e nos levar à tristeza, ao desanimo, a uma indisposição e até mesmo à desesperança pelo esquecimento do verdadeiro bem: Deus. O caminho da perfeição passa pela cruz. Não existe santidade sem renúncia e sem combate espiritual. O progresso espiritual envolve progresso e mortificação, que levam gradualmente a viver na paz e na alegria das bem-aventuranças. (CIC 2015)
Tempo de colher os frutos quaresmais
É armados pela esperança mesmo que desértica, fruto do Espírito que colheremos a alegria como sinal da confiança filial no nosso Pai que é Bom e nos dá seu Espírito a nos conduzir: Ensina-me a fazer tua vontade, pois tu és o meu Deus. Teu bondoso Espírito me guie por terra plana (sl 143). Assim guiados pelo Espírito de Deus, purificados de todas as ilusões desta vida, aguardaremos a alegria do Bem eterno.
Com os olhos fixos na eternidade, eternidade que nos foi dada acesso pelo Filho, a alegria será mantida nos nossos corações como lamparinas acesas que iluminam nossa escuridão e assim poderemos exclamar alegremente: “Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?”
O aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de Nosso Senhor Jesus Cristo. (1 cor 15, 55). Por isso a Quaresma é caminho de conversão para unir o homem a Deus através do caminho que o próprio Filho do Homem, o Ressuscitado que passou pela Cruz, fez. Depositamos toda nossa confiança e aguardamos com a alegria o dia que não findará celebrando as Bodas do Cordeiro Vivo e Imolado. Que o Espírito de Deus doador de todos os dons nos conduza pelo deserto, mas firmados na alegria da certeza da Vitória.
Gabriela Graziela Ramos
Consagrada Comunidade de Vida
Coordenadora Apostólica Missão Curitiba
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