Escreve … apaga … pensa… reza… volta a escrever … e pensa: “meu Deus, será que estou enganando todo mundo?!”… lá se vai, tudo apagado de novo! Foi assim que estive nas últimas tentativas de texto aqui para o nosso “blog” (kkkkk)
Já havia partilhado em outro artigo sobre minha luta contra o esgotamento mental e exaustão física. É um aprendizado a cada dia e nos últimos meses somou-se um probleminha de saúde que está sendo investigado (nada demais, mas que influencia bastante no cansaço).
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Continue, recomece, persevere
E lá vou eu, recomeçar todos os dias como se fosse o primeiro e o último. Foi assim que tomei a decisão de que esse texto também seria um recomeço e também “como se fosse a última vez” não por ausência, mas por entrega. Resolvi apenas partilhar com vocês sobre esse tempo em que me sinto tão insuficiente. Mesmo com a memória falhando, Deus me lembra que trabalha com instrumentos insuficientes (continue a nadar, já dizia a Dory).
Com uma vida menos agitada que o meu habitual, começo a me reconectar com minha essência.
Um dia uma jovem aqui da missão me olhou e disse: “Aline, obrigada por você!”. Respondi no automático: “o que eu fiz?” E ri. Ela simplesmente retrucou: Você existe! Não precisa fazer nada. Só Existir! E essa jovem me deu uma lição de vida.
Quantas vezes eu mesma esqueço que o valor da minha existência está justamente em existir?! Outra lição que tenho aprendido é a reconexão com meu corpo. Tem dias que estou tão ofegante e querendo corresponder as minhas, tuas e nossas realidades (hehe) que tenho a sensação que esqueço como é respirar, literalmente.
Faça tudo com amor
Me dou conta que não preciso estar no “pó da rabiola”, no bom carioques, ou “puxando a cachorrinha, no cearês para me doar inteiramente. Nessas horas quem “fala” comigo é Madre Teresa: Não é o muito que se faz, mas o Amor que colocas no que faz. Outro Santo que me ajudou muito na juventude e hoje, infelizmente, tem muitos dos seus ensinamentos deturpados nas redes sociais é São Josemaria Escrivá. O santo do cotidiano e do trabalho me lembra que preciso “ficar onde estou”, no momento e lugar onde preciso estar de corpo, mente e alma.
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Aí vem a terceira lição, das muitas que de repente partilharei em outros textos. A lição de que a Oração, a vida na Graça e amizade com Deus não cabe nos meus padrões. A vida espiritual vai sempre além e me desinstala provando todos os dias meus anseios pela santidade.
Me dói e muito reconhecer que tem dias que meus anseios são fracos e pequenos. Me alegra todos os dias saber que Nosso Senhor Jesus Cristo tem esperança na minha conversão e me “acolhe como estou, e me ama demais para me deixar como estou” (Aprendi com o Moysés…rs).
Nesse mistério de Cruz e Ressurreição vejo que não estou sozinha e te digo irmão e irmã. Você também não está! Eu sou um vaso velho e rachado, que Deus quer restaurar e sei que se você está também assim, Ele te ama com o mesmo Amor que me Ama.
Então, seguimos juntos!
Coragem! (Essa é em homenagem a minha Formadora Pessoal. Sempre que “tô na bad” me vem a voz dela dizendo isso! Hehe).
Na próxima partilha venho te contar como estão meus planos para 2023. Já está pensando nos seus? 😎💪🚀
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Meus planos se foram, e agora?