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Refugiados da Ucrânia são acolhidos na Polônia, terra da misericórdia

Jeovana Freitas, missionária da Comunidade Católica Shalom, visitou cidade que acolhe refugiados na Polônia

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No início do mês de maio, a assessora de promoção humana da Comunidade Católica Shalom, Jeovana Freitas, visitou os refugiados da Ucrânia que estão abrigados em Przemyśl, na Polônia. A cidade é uma das mais próximas ao país que está em guerra com a Rússia. A seguir, a missionária partilha a sua experiência durante esse momento tão delicado.

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“Hoje vivi uma experiência de muita dor, ao chegar na cidade da Polônia mais próxima da fronteira com a Ucrânia, pois vi mulheres, crianças, jovens e avós chegarem muito sofridos por deixarem seu país. Meu coração se moveu de grande compaixão ao tocar em vidas tão sofridas”, relatou Jeovana.

Diante do que presenciou, a consagrada conta que em seu coração se levantou o seguinte sentimento: “Como falar do Shalom do Pai em meio à guerra? Como levar esperança para mães e esposas desconsoladas? São realmente dois imperativos em nosso coração: o primeiro CONSOLAR, e o segundo ELE É A NOSSA PAZ!”

A experiência com os refugiados da ucrânia

A seguir, a responsável pelas ações de promoção humana, da Comunidade Shalom, detalha o que viu e viveu com os refugiados da Ucrânia e com os missionários que trabalham no acolhimento na Polônia.

“Para aqueles que estão mais distantes dessa realidade que vivemos em nosso mundo e que ainda não conseguiram tocar na dor da guerra, quero aprofundar um pouco mais…

Quando estourou a “ação militar” da Rússia no território Ucraniano, conforme denomina Putin [presidente da Rússia], chegavam aqui nessa cidade seis trens por dia, cada trem com três mil ucranianos, eram mulheres, idosos, adolescentes e crianças… refugiados da Ucrânia.

No frio, eles enfrentaram longas filas para passar pelo processo de imigração na Polônia. Muitos refugiados, que não conseguiram vagas nos trens, tiveram que andar três, quatro, cinco dias… dependendo da sua cidade até chegar em uma cidade fronteira, todos com um único desejo: SOBREVIVER!

Foi assim que, até a data atual, já entraram na Polônia, por essa cidade, mais de 3 milhões de ucranianos. São esposas sem maridos, filhos sem pai, crianças sem escola, adolescentes sem perceptiva, mães sem filhos maiores de 18 anos, avós despatriados, todos sem um lar, todos longe de sua pátria…

Poderíamos, em uma situação como essa, cair na tentação e dizer que o ódio venceu e que é ele que tem a última palavra. Mas eu testemunho a vitória do Shalom do Pai, que não é a ausência de guerras. É VERDADE, ELE É A NOSSA PAZ!

Aqui na Polônia também toquei na força que vence o ódio. Toquei na solidariedade de muitos povos da América do Norte, Europa, Reino Unido… que estão aqui voluntariamente para servir. Toquei na caridade e na força da Igreja que como mãe acolhe a todos! Toquei na caridade sendo distribuída com generosidade por pessoas de boa vontade; e na pequena semente que é o Carisma de Paz, os missionários da Comunidade Shalom que ofertam as suas vidas nesta terra.

Ontem passaram por aqui 600 ucranianos, eles chegam em filas e após passar pela imigração são acolhidos. O antigo mercado da cidade se transformou em alojamento, tem refeitório, farmácia, depósito, espaços de entretenimento para crianças, mães e adolescentes. Aqui eles podem escolher o país para onde desejam ser encaminhados… as bandeiras estampadas mostram as possibilidades do destino final (Alemanha, Irlanda, Espanha, Inglaterra, Portugal, Israel, Itália, França e etc.).

Os voluntários mostram o rosto da solidariedade, na saúde, na alimentação, na limpeza, no entretenimento, nos atendimentos das necessidades, na distribuição de chips gratuitos para a comunicação e no transporte gratuito para os ucranianos.

Essa é verdadeiramente a terra da misericórdia, essa é a vitória do amor sobre o ódio. Um forte testemunho em meio à guerra e ao sofrimento.”

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