A história vocacional de cada pessoa é única e irrepetível. Sempre acompanhada de alegrias e desafios. O chamado do Papa Francisco também traz essas nuances. Ele revelou no livro O Papa Francisco – Conversas com Jorge Bergoglio (Verus editora), que sua mãe, Regina Maria, não aceitou durante anos sua decisão de ser padre.
Francisco sentiu o chamado ao sacerdócio aos 17 anos de idade, de forma inesperada, após uma confissão. Conta no mesmo livro que foi uma confissão que acendeu a sua fé. Aquele chamado, o então jovem Jorge Mario, guardou consigo. Somente 4 anos depois deu entrada no Seminário.
Conhecendo bem os pais que tinha, disse primeiro ao pai sobre a sua intenção de ser padre. Foi bem acolhido e incentivado. Já a mãe, embora religiosa, parecia não acreditar muito em seu chamado. Não sei, não o vejo padre… vai ter que esperar um pouco, você é o mais velho, continue trabalhando. Vá acabar faculdade, foram suas palavras, relembra o Papa.
Na ida para o Seminário, Sua Santidade rememora que a mãe não o quis acompanhar. Não estávamos brigados, só que eu ia para casa, mas ela não ia ao seminário. Quando finalmente aceitou, impôs certa distância, disse. Francisco avalia, passados tantos anos, que para sua mãe tudo havia acontecido rápido demais. Mas na ordenação, dona Regina estava lá, de joelhos pedindo a benção do Filho, que quarenta e quatro anos depois se tornaria papa.
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