Institucional

Revolução off-line

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off line redes sociaisVocê já passou pela experiência de estar conectado à internet e ver tudo apagar-se num instante por falta de energia? Ainda que no Brasil apagões sejam muito frequentes, isso acontece em qualquer lugar, até nas melhores famílias.

É interessante observar o que acontece nessa hora. No ambiente de trabalho, as pessoas começam a sair de suas salas, conversam no corredor, aproveitam para ir ao banheiro e fazem coisas que não fariam normalmente. Alguns tomam seus telefones para saber se o acesso à internet foi comprometido (enquanto a bateria permitir). Ouvimos risadas e vemos os semblantes das pessoas mudando aos poucos. No fim, quando a energia volta, todos retornam rapidamente aos seus trabalhos.

Em casa também é assim. Quando falta a energia, saímos e encontramos os vizinhos na mesma situação. Conversamos, olhamos o jardim, fazemos coisas que normalmente não fazemos. Na verdade, a grande diferença está em “para onde lançamos nosso olhar”.

Vivemos uma revolução digital. Em poucos anos, passamos do status “off-line” para o “sempre on-line”. Os dispositivos móveis nos permitiram isso. A porta para o continente digital está no bolso. Vemos avanços sem precedentes, que estão mudando nossa noção de tempo e mudando toda nossa vida. Passamos um tempo que não tínhamos mergulhados neste continente e para lá voltamos dezenas, centenas de vezes ao dia, quase sem perceber. Na verdade, não saímos mais de lá: nosso perfil permanece lá enquanto dormimos, respirando ou não. De qualquer forma, é necessário energia.

Na verdade, estamos prestes a viver uma nova e surpreendente revolução: a “revolução off-line”. Aos poucos, estamos percebendo que não suportamos ficar todo tempo no continente digital. Sentimos falta de algumas coisas que só fazemos off-line: abraços, olhares, paisagens reais, pessoas não virtuais. Damo-nos conta de que nos habituamos às melhores fotos: elas não mostram a realidade e sofremos muito com isso no espelho.

É a revolução dos nossos bisavôs! Sentir cheiros, tocar a terra, não ter medo da chuva, plantar, colher, andar de bicicleta, percorrer longas distâncias para ver um belo pôr do sol, olhar as pessoas, escrever cartas…

Talvez você não esteja convencido de que esta revolução esteja realmente acontecendo. Se for o seu caso, faça uma experiência: saia um pouco da internet, olhe nos olhos de uma pessoa e conte a ela o que acabou de ler. Isso fará diferença no seu dia. Talvez você possa comentar depois virtualmente (aqui, no face, onde for) sua experiência. Que Deus o abençoe, com ou sem energia.

Leonardo Biondo


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