Meu nome é Tancredo e sou membro Consagrado da Comunidade de Aliança desde 2002 e com Promessas Definitivas no Carisma pela Misericórdia de Deus, sou casado, há 8 anos, com a Denise, também Consagrada da Aliança com Promessas Definitivas e temos uma filha de 2 anos e 6 meses.
Há mais ou menos 4 anos, entramos num longo processo de adoção, pois por questões de saúde não tínhamos condições de ter filhos biológicos. Deus desde o nosso namoro já colocava em nosso coração este desejo e ele foi crescendo ao longo do tempo. Recebemos a documentação que nos capacita a adotarmos uma criança em 31 de julho de 2014 e a partir daí começamos a visitar os abrigos para escolher a criança que iremos adotar. No dia 1° de agosto, fiquei desempregado e saí de uma empresa que trabalhava há 14 anos, veio a preocupação de como seria continuar o processo de adoção destas condições. Fomos rezar e Deus nos dizia para continuar, pois sua Providência não nos faltaria. Parecia incoerência, mas Deus nos pedia para continuar. Nesse mesmo mês, participei de um retiro da Comunidade, onde Deus me dizia através da Emmir Nogueira: “Muitas vezes Deus nos prova pela incoerência”. Àquela frase ficou muito forte em meu coração, partilhei com minha esposa e continuamos a rezar com as nossas autoridades, que confirmavam o nosso caminho e isso nos deu segurança para seguirmos. Cada passo que dávamos neste tempo foi muito importante o acompanhamento das nossas autoridades que foram Voz de Deus nas nossas crises e desafios. No início do processo, pensamos em adotar bebês, porém este perfil é muito procurado e difícil de encontrar, então, começamos a procurar um casal de crianças entre 3 e 5 anos de idade. Nesta ocasião já tinha dado entrada no meu auxílio-desemprego cuja a última parcela seria em março de 2015. Tinha enviado alguns currículos, porém não tinha nenhuma resposta. Nessa época recebemos uma ligação de uma irmã da Comunidade que foi responsável pelo Abrigo da Comunidade em Sobral (CE) avisando que tinha uma criança com 1 ano de vida disponível para a adoção, nesta época tínhamos iniciado uma Novena a São José suplicando a sua Providência. Fomos levar às nossas autoridades que nos confirmaram este caminho e também procuramos a Vara de Infância do RJ que achou uma loucura, pois nós nos propomos a ir a Sobral já buscar a criança, que só tínhamos visto por fotos. Neste momento, experimentei a angústia de São José ao receber Maria, parecia uma incoerência acolher um filho que não era seu. Vivi um deserto da fé, mas Deus veio em meu auxílio, percebemos os sinais de Deus que ia nos confirmando mesmo diante dos desafios que foi ter que desarquivar todo o processo para apresentar a documentação a Vara de Infância de Sobral. Estávamos de viagem marcada para o dia 12 de março de 2015 e não tínhamos nada para a criança. Rezávamos em uma Igreja em Petrópolis, pois pregaríamos em um retiro de carnaval, quando um casal nos abordou e nos deu uma doação em dinheiro para comprar um presente para o bebê. Deus começou a manifestar sua Providência. Logo depois, um outro casal nos deu um berço novo e assim fomos ganhando todo o enxoval. Conseguimos comprar a passagem e em Fortaleza ficamos na casa de um casal da Aliança que também nos deu um enxoval. Chegamos em Sobral no dia 15 de março na Semana da Novena de São José, que é Padroeiro da Cidade de Fortaleza, e já no dia seguinte levamos a nossa filha para a casa do casal que nos acolheu. Voltamos no dia 20 de março e no dia seguinte foi feito um chá de bebê promovido pela minha célula comunitária, que parecia uma festa de aniversário, pois reuniu amigos e irmãos que celebraram conosco esta alegria de acolher a Ana Isabel no nosso meio. Como se não faltasse mais nada, ainda recebi duas propostas de emprego e uma delas era para trabalhar na Associação Shalom como Promotor de Vendas das Edições Shalom aqui no RJ, onde estou até hoje. A minha esposa conseguiu licença maternidade por 8 meses, eu como vendedor externo poderia trabalhar também em casa e assim pude ficar mais próximo da minha família vivendo o novo que Deus nos deu. Mesmo diante dos nossos desafios não deixamos de devolver nossa Comunhão de Bens e isso foi gerando em nosso coração a gratidão.
Bendito seja Deus que não nos deixou faltar nada!
São José, rogai por nós e providenciai!