Santa Inês, padroeira da castidade e dos noivos, por ter-se chamado esposa de Cristo, completou o martírio aos 21 de janeiro de 304 ou 305, tendo apenas 13 anos. São Jerônimo, em referência a esta santa, escreve: “Todos os povos são unânimes em louvar Santa Inês, porque vencendo a fraqueza da idade e o tirano, coroou a virgindade com a morte do martírio”.
Primazia da pureza virginal
Inês nasceu em Roma, descendente de família nobre e desde pequena foi educada pelos pais na fé cristã. Cresceu cheia de virtudes e logo que soube avaliar a primazia da pureza virginal ofereceu-a a Deus num santo voto.
Diversos jovens de famílias importantes de Roma a pediam em casamento, porém sempre respondia que seu coração já pertencia a um esposo invisível a olhos humanos. Acusada de cristã, foi presa durante a perseguição de Diocleciano e forçada a abandonar a religião e adorar outros deuses. Enfurecido, vendo frustrados todos os esforços, o juiz teve uma inspiração demoníaca: condenou-a a ser exposta nua num prostíbulo no Circo Agnolo (hoje Praça Navona, onde se ergue a Basílica de Santa Inês in Agone).
Conta-se que lá, introduzida no local , uma luz celestial a protegeu e ninguém ousou aproximar-se dela. Seus cabelos cresceram e cobriram seu corpo. Ao ser defendida por um anjo guardião, um dos seus perseguidores caiu morto. Os companheiros, tomados por um grande pavor, tiraram o corpo do infeliz e levaram-no para outro lugar. Mas a santa, apiedada, orou a Deus e o ressuscitou.
Condenação e martírio
Após novo interrogatório, a santa foi condenada a morrer queimada, no entanto, as chamas também não a tocaram, voltando-se contra seus algozes e matando muitos deles. Por fim, o juiz profundamente humilhado, mandou decapitar Inês, ainda lhe dando uma outra chance de negar a Cristo pela última vez. Inês com firmeza o rejeitou. Ajoelhando-se, inclinou a cabeça, ao que parecia para prestar a Deus a última adoração aqui na terra, quando a espada do algoz lhe deu o golpe de morte.
Oito dias depois da sua morte, Inês apareceu em grande glória aos pais que rezavam em seu túmulo, segurando um cordeirinho branco e cercada de muitas virgens e anjos, e anunciou-lhes sua grande felicidade no céu.
Pureza
Segundo Santo Agostinho, a origem do nome Inês tinha dois significados “em latim um cordeirinho e em grego a pura”. O tema da pureza sempre nos levanta a vários questionamentos. Pureza? Mas como ser puro? Como ser casto? Principalmente quando estamos no auge de nossa juventude, onde tudo se diz “permissivo” e as descobertas nos chamam a novas aventuras.
Calma, não é só você que está nessa. O Papa Francisco nos alerta e esclarece, “uma vida cristã sem tentações não é cristã: é ideológica, é gnóstica, mas não é cristã. Quando o Pai atrai as pessoas a Jesus, há outro que atrai de modo contrário e provoca a guerra interior! E por isso Paulo fala da vida cristã como uma luta: uma luta de todos os dias. Uma luta! ”.
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Mas não desista! Pois o Papa continua, “pensemos em como está o nosso coração: eu sinto esta luta no meu coração? Entre a comodidade ou o serviço aos outros, entre o divertir-me um pouco ou rezar e adorar o Pai, entre uma coisa e outra, sinto a luta? A vontade de fazer o bem ou algo me detém, me torna ascético? Eu acredito que a minha vida comova o coração de Jesus? Se eu não acredito nisto, devo rezar muito para acreditar, para que me seja concedida esta graça. Que cada um de nós busque no seu coração saber como está esta situação ali. E peçamos ao Senhor para sermos cristãos que saibam discernir o que acontece no próprio coração e escolher bem o caminho pelo qual o Pai nos atrai a Jesus”.
Santa Inês foi profundamente atraída por Jesus, representada frequentemente com um cordeiro nos braços, símbolo de Jesus, o Cordeiro de Deus disse cheia do Espirito Santo ao seu algoz com firmeza: “Se recusei seu filho que é homem, como pode pensar que eu aceite prestar honras a uma estátua? Meu esposo não é desta terra (Jesus Cristo). Sou jovem, é verdade, mas a fé não se mede pelos anos e sim pelas obras. Deus mede a alma, não a idade. Quanto aos deuses, podem até ficar furiosos, que eu não os temo. Meu Deus é amor. ”
Santa Inês, rogai por nós!
Realmente meu Deus é o Senhor de toda minha vida, a ele todo louvor, toda glória, que seja engrandecido todos os dias da minha vida