Isabel nasceu no período da Idade Média, no ano de 1207, filha do rei húngaro André II e da condessa alemã Gertrudes de Andechs-Merânia, irmã de Santa Edwiges. Ela viveu na corte húngara até os quatro anos, junto com seus irmãos, período em que já demonstrava uma notória piedade e um amor diferenciado pelos pobres.
Depois, Isabel mudou-se para a região alemã da Turíngia, onde recebeu o título de princesa e, pouco depois, tornou-se noiva de Ludovico, filho do rei daquele lugar. Naquela época, os casamentos dos nobres eram determinados pelos seus pais, porém, Isabel e Ludovico logo se afeiçoaram um ao outro, encontrando afinidades pela fé católica e o profundo desejo de fazer a vontade de Deus, que fez nascer em seus corações um amor puro e sincero.
Aos dezoito anos, Ludovico herdou o trono de seu pai e passou a reinar na Turíngia, e, assim, também chegou o dia do seu casamento com Isabel, que teve uma cerimônia simples para os parâmetros da realeza da época, inclusive, tendo os noivos doado parte do dinheiro que era destinado à festa para os pobres.
Logo, os outros nobres daquele reino perceberam que Isabel era uma rainha diferente, pois não se encaixava nos padrões de comportamento que exigiam, por vezes, luxos e pompas exagerados. Certo dia, ao entrar em uma Igreja, Isabel retirou sua coroa e colocou-a aos pés da Cruz, prostrando-se ela mesma diante da imagem do Crucificado. Quando sua sogra tentou repreendê-la por esse gesto de humildade, Isabel interpelou-a, dizendo: “Como posso eu, criatura miserável, continuar a trazer uma coroa de dignidade terrena, quando vejo o meu Rei Jesus Cristo coroado de espinhos?”
O amor pelo Crucificado continuou sendo demonstrado por Isabel em outras ocasiões de sua vida, pois realizava inúmeras obras de caridade para com os pobres e enfermos. Por vezes, saía do castelo e ia ao encontro dos seus súditos, para entregar-lhes alimentos e roupas.
Além disso, sempre praticou a honestidade, inclusive, indenizando aqueles que haviam sido injustamente cobrados por algum funcionário da coroa, tornando-se, assim, um exemplo de governança, como salientou o Papa Emérito Bento XVI em uma audiência geral de outubro de 2010: “Um verdadeiro exemplo para todos aqueles que desempenham funções de guia: o exercício da autoridade, a todos os níveis, deve ser vivido como serviço à justiça e à caridade, na busca constante do bem comum”.
A benevolência da rainha Isabel também se tornou uma forte influência para o seu esposo, o rei Ludovico, que inspirava suas ações nos bons conselhos e atitudes evangélicas de sua esposa, compreendendo que era ao próprio Jesus que Isabel servia através dos mais pobres.
A vida espiritual de Santa Isabel foi aprofundada por meio dos frades menores que chegaram à Turíngia em 1222, ocasião em que a rainha conheceu a espiritualidade franciscana e as obras que São Francisco estava realizando na Itália. Desse modo, ela abraçou mais intensamente sua vida cristã, em dedicação à população carente de seu reino.
Em setembro de 1227, os padecimentos de Isabel começaram com a morte do rei Ludovico, durante a Cruzada do imperador Frederico II. Logo depois, o seu cunhado tomou o trono, alegando que Isabel não tinha condições para governar como rainha. Ela foi expulsa do castelo de Wartburg, com seus três filhos pequenos e duas servas. As crianças foram entregues aos cuidados de amigos do rei Ludovico, enquanto Isabel peregrinou por alguns meses pelas aldeias da região em busca de trabalho como fiandeira e ainda ajudando a cuidar dos pobres e enfermos.
No ano seguinte, por influência de alguns amigos da realeza, Isabel passou a receber uma ajuda mensal do rei e foi morar com seus filhos e servas no castelo de Marburgo, onde reencontrou o seu diretor espiritual, frei Conrado, que, mais tarde, narrou alguns fatos da vida de Isabel para o Papa Gregório IX, inclusive, o dia em que ela realizou o ato de renúncia à sua própria vontade e às vaidades mundanas, diante do altar da capela de Eisenach, na Sexta-feira Santa do ano de 1228.
Com os recursos que possuía, Isabel construiu ainda um hospital, cuidou de inúmeros doentes e distribuiu alimentos aos famintos, declarando que, do serviço aos pobres, sempre recebia uma graça especial de humildade. Anos depois, adotou uma vestimenta cinza, como um hábito, e fundou uma pequena comunidade religiosa empenhada em servir aos desamparados. Em novembro de 1231, Isabel adoeceu e acabou falecendo no dia 17 do mesmo mês, aos 24 anos, tendo sido canonizada pelo Papa Gregório IX quatro anos depois. Ela é padroeira da Ordem Terceira Regular de São Francisco e da Ordem Secular Franciscana.
Santa Isabel da Hungria, rogai por nós!
Leia mais:
Série Santidade Real: Luix IX, o rei da coroa de espinhos
Série Santidade Real: nobres, mas não apenas nos título
2 Crônicas 17:11 “Mesmo os filisteus vieram trazer a Josafá presentes e um tributo em prata os árabes também lhe trouxeram gado miúdo: sete mil e setecentos carneiros e sete mil e setecentos bodes.” Bode expiatório é uma expressão popular que define o indivíduo que não consegue provar sua inocência, mesmo sem ser o responsável direto pela acusação. A expressão “bode expiatório” é usada quando alguém leva sozinho a culpa de um infortúnio. Expiatório: expiatório é aquele que serve para expiação.
2 Crônicas 17:11 “Mesmo os filisteus vieram trazer a Josafá presentes e um tributo em prata os árabes também lhe trouxeram gado miúdo: sete mil e setecentos carneiros e sete mil e setecentos bodes.” Bode expiatório é uma expressão popular que define o indivíduo que não consegue provar sua inocência, mesmo sem ser o responsável direto pela acusação. A expressão “bode expiatório” é usada quando alguém leva sozinho a culpa de um infortúnio. Expiatório: expiatório é aquele que serve para expiação.
Sempre gostei muito de Santa Elizabeth da Hungria, sua caridade com os mais pobres me toca muito.
Somente um pequeno erro que vocês cometeram, Santa Elizabeth da Hungria nunca foi rainha, ela era princesa por ser filha do Rei da Hungria, e seu marido era conde da Turíngia (mais especificamente um título alemão chamado landgraf), mas ela nunca foi rainha.