Sem Categoria

Santa Teresinha: minha amiga do céu!

comshalom

Ter amigos é algo maravilhoso, não é verdade? E quando é uma amizade que Deus nos dá, com certeza é ainda melhor. E quando temos um amigo no céu, nem se fala. No céu? Sim, pertinho de Deus. Quero contar um pouco de uma grande amizade que tenho com Santa Teresinha.

Costumo dizer que foi ela que me escolheu pra ser sua amiga, e não eu a ela. Na vocação Shalom, Teresinha é patrona dos jovens, até então não me atentava muito a isto, achava nada a ver. Teresinha? Jovens? Carmelo? Que nada! Pensava que a Comunidade deveria escolher outro santo. Mas o tempo foi passando e eu fui trilhando um caminho na Obra Shalom, muitas pessoas diziam que parecia fisicamente com ela e eu não achava nada disso. Nos acompanhamentos minha acompanhadora falava que meu jeito mimado de ser parecia muito com o dela antes da “corrida de gigante”.

Comecei a trilhar o caminho vocacional, e a cada dia, sentia que sua presença me acompanhava de forma discreta e simples como ela costuma ser, ela sabia muito sobre mim e eu nada dela e nem me interessava em saber. Foi então que no fim do ano vocacional, aos meus 16 anos, fiquei sabendo que não mandaria carta para pedir ingresso na comunidade por ainda não ter maturidade para corresponder ao chamado do Senhor, foi então que decidi mandar uma carta para o fundador, Moysés Azevedo. Entreguei a carta pedindo ingresso, mas nada aconteceu, fui arrasada falar com minha acompanhadora e ela disse que tinha acabado de assistir o filme de Teresinha, e em mais uma coisa nos identificamos em apressar o tempo de Deus para nossas vocações (pra quem não sabe, ela foi ao Papa pedir para entrar no Carmelo aos 15 anos) e que eu pedisse sua intercessão, pois ela sabia muito bem o que era isso.

No ano de 2012, meu grupo de oração mudou de coordenadora, e ela era muito devota de Teresinha por providência de Deus. Durante este tempo, aprendi com ela a cultivar um grande amor por Teresinha e me encantava com a vida dela: sua escolha por Deus sendo tão jovem; a sua doação de tudo a Ele e não do “resto” da vida; não ser vitima diante de tantos traumas, como a perda da mãe sendo ainda criança; e Seu amor incomensurável à Virgem Maria.

Aconteceu o retiro de mudança de fase e tive a honra de ter as suas relíquias, alguns fios de cabelo dela, loirinhos como os meus. Foi forte, sentia cada vez mais a sua presença na minha caminhada vocacional e pouco a pouco eu ia “puxando” conversa com ela, partilhava as realidades que vivia para ser fiel a Deus e à Sua santíssima vontade. Cheguei a passar por uma situação difícil no fim do meu ano vocacional de 2012, e me perguntava muito o porquê daquilo, mas Teresinha me falava ao coração de forma simples: “ há coisas que nós só entenderemos quando chegarmos no Céu”.

Ao ler o livro História de uma alma, sua forma tão pura e intima de se relacionar com Deus, ia me arrastando para a vida de oração. Ao chegar o fim do terceiro ano vocacional, estava muito mexida e duvidosa em relação ao chamado de Deus, creio ser comum neste tempo, lembro-me que ao sair de casa para ir ao retiro final do vocacional, peguei o ícone dela que sempre ficou ao lado da minha cama e de joelhos pedi a ela que Deus me desse um sinal nesse retiro, um sinal definitivo a ponto de eu nunca mais duvidar da minha vocação como Shalom e do ser chamada a partir em missão. Fui para o retiro, e o irmão que coordenava  a oração comunitária falou: “uma jovem no meio de nós que chama Teresinha de ‘minha amiga no céu’, pediu ao sair de casa um sinal através de sua intercessão, Deus te diz que, pela intercessão de sua amiga, Ele não te dar mais um sinal, mas vem ferir o teu coração a ponto de que você nunca mais duvide do seu chamado ao Amor Esponsal”. Para mim foi decisivo, pedi ingresso na Comunidade de Vida e esperei em oração, na certeza dessa ferida e apoiada no conselho desta amiga que me dizia não ter medo de perder para sempre meus melhores perfumes. A resposta foi favorável, estava para partir em missão para Garanhuns (PE), e no momento em que esperava o ônibus para viajar, muitas coisas se passavam em meus pensamentos, e uma pessoa liga para se despedir de mim e no momento da conversa ela disse: Santa Teresinha pediu para dizer “não devemos nunca ficar indecisos diante da possibilidade de entregar toda a nossa vida a Deus”. Com essa frase no coração, embarquei. Nesses cinco meses de missão já me deparei com muitos desafios, medos, inconstâncias e seus inúmeros conselhos não me faltam, ou através dos muitos bilhetes que recebo dos irmãos com frases dela ou conversas sobre sua vida.

Partilho muito com ela, e conto sempre com sua ajuda para alcançar os jovens de Garanhuns. O que me conduz nesse tempo de experiência mais profunda na vocação é essa certeza de que para amar a Deus eu só tenho hoje, para buscar a santidade na minha juventude e entregar toda minha vida nesse amor.

Sei que todo jovem gosta de fazer novos amigos jovens, que tal cultivar amizade com esta amiga do céu?

Ludiane Castro Menezes
Postulante da Comunidade Shalom em Garanhuns


Comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade dos autores e não representam a opinião da Comunidade Shalom. É proibido inserir comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem os direitos dos outros. Os editores podem retirar sem aviso prévio os comentários que não cumprirem os critérios estabelecidos neste aviso ou que estejam fora do tema.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *