Em abril e maio deste ano, a Igreja celebra duas datas muito especiais para os devotos de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face: no dia 29 de abril, recordamos os 103 anos de sua beatificação, e no próximo 17 de maio, celebramos o centenário de sua canonização.
Santa Teresinha é, sem dúvida, uma das santas mais amadas e acessíveis da Igreja. Sua simplicidade, sua ousadia espiritual e seu profundo amor por Jesus conquistaram o coração de milhares de fiéis ao redor do mundo — e continuam a inspirar gerações que buscam a santidade, mesmo em meio à fragilidade.
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Uma infância marcada pela piedade e pela dor
Maria Francisca Teresa Martin nasceu em 2 de janeiro de 1873, na cidade de Alençon, na França. Filha de Zélia e Luís Martin, desde muito nova demonstrava uma alma sensível, piedosa e profundamente afetuosa.
Aos quatro anos, Teresa sofreu uma perda marcante: a morte de sua mãe. A partir de então, tomou sua irmã mais velha, Paulina, como referência materna. Quando Paulina ingressou no Carmelo, a pequena Teresa sentiu-se profundamente abalada — o que preocupava a família, já que sua saúde era bastante frágil.
No entanto, foi também nesse tempo que sua fé começou a ganhar contornos mais profundos. Um dia, ao contemplar a imagem da Imaculada Conceição, Teresa viu Nossa Senhora sorrir para ela. A partir dessa experiência, sentiu-se curada, fortalecida e inteiramente entregue a Deus.
Ousadia no amor: sua entrada no Carmelo
Aos 14 anos, Teresa já sentia fortemente o desejo de consagrar sua vida ao Senhor como carmelita. Mas sua idade era um obstáculo para o ingresso no mosteiro. Foi então que, durante uma viagem a Roma, a jovem surpreendeu a todos ao pedir diretamente ao papa a permissão para entrar no Carmelo.
Essa ousadia comovente foi atendida, e aos 15 anos, ela ingressou no Carmelo de Lisieux, onde viveu até sua morte. Tomou o nome de Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face, e entregou sua vida a Deus em pequenos gestos de amor, oração, sacrifício e doação silenciosa.
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A pequena via do amor
Santa Teresinha nos deixou uma herança espiritual grandiosa, especialmente por meio de sua “pequena via”: um caminho de confiança, humildade e entrega total à misericórdia divina. Ela ensinou que a santidade não está reservada aos grandes feitos, mas aos pequenos atos vividos com grande amor.
Mesmo sem jamais sair do Carmelo, Teresa foi proclamada padroeira das missões, pois viveu com o coração universal, desejando que Jesus fosse conhecido e amado em toda parte. Sua vida é um convite para crermos que, mesmo em meio às nossas limitações, somos chamados a amar até o fim.
Uma santa para os nossos dias
Em 1923, Santa Teresinha foi beatificada por Pio XI, e apenas dois anos depois, em 17 de maio de 1925, foi canonizada, tornando-se oficialmente modelo de fé e santidade para toda a Igreja.
Cem anos depois, sua vida e seus ensinamentos continuam vivos — especialmente entre os jovens, que encontram nela uma amiga espiritual próxima, concreta e apaixonada por Jesus.
A espiritualidade da Vocação Shalom também é profundamente marcada por sua entrega. Teresa inspira a juventude a dizer um “sim” radical ao chamado de Deus, a viver o amor até as últimas consequências e a colocar sua vida inteiramente à disposição do Evangelho.
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Que neste tempo de graça, aprendamos com Teresinha a confiar sem reservas e a viver nossa vocação à santidade no cotidiano, com simplicidade e entrega.
