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São José e o Natal

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Acredita-se que São José seria mais velho do que Maria quando a tomou como noiva, mas a iconografia tradicional “exagera” essa diferença de idades, em muitos casos.

Pelos relatos evangélicos percebe-se que José e Maria eram descendentes de David e que o seu matrimônio deverá ter sido combinado para evitar que, na ausência de descendentes homens de Joaquim (avô materno de Jesus), a sua herança passasse para um outro clã ou outra tribo.

O esposo de Maria e pai legal de Jesus trabalhava como carpinteiro em Nazaré. Após o nascimento de Jesus e do exílio forçado da Sagrada Família no Egito, regressou a Nazaré.

Os Evangelhos falam dele pela última vez no encontro do Menino Jesus no Templo, aos 12 anos.

O seu drama pessoal ao ter conhecimento da gravidez de Maria, com quem se teria comprometido a viver na castidade, está bem presente no Evangelho de Mateus. Nele se refere que o nascimento de Jesus Cristo foi assim: “Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo. José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente”.

“Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados»”; continua o relato evangélico.

E as Ladainhas de São José invocam-no nestes termos: “Custos pudice Virginis” (Casto guardião da Virgem), “Joseph castissime” (José castíssimo) e “Custos virginum” (Guardião das virgens).

Antes dos pastores, antes de Simeão, antes dos Magos, São José contempla o Filho de Deus feito homem, do qual se tornou o pai, contempla Deus que ninguém nunca tinha visto. Tornou-se ainda o chefe da Sagrada Família, modelo e imagem das famílias.

João Paulo II escreveu “o filho de Maria é também filho de José”. Nele o papa diz que graças a essa atitude de silencio, “pode captar-se perfeitamente a verdade contida no juízo que dele nos dá o evangelho: «o justo»”.

Ecclesia


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