O Papa segue suplicando sobre a paz no mundo, em especial pela triste situação de guerra na Ucrânia.
“Mais de um mês se passou desde o início da invasão da Ucrânia, desde o início desta guerra cruel e insensata que, como qualquer guerra, representa uma derrota para todos, para todos nós. É preciso repudiar a guerra, um lugar de morte onde pais e mães sepultam seus filhos, onde homens matam seus irmãos sem sequer tê-los visto, onde os poderosos decidem e os pobres morrem”, disse em seu discurso após a oração do Angelus no domingo, 27 de abril.
Em seguida, Francisco ressaltou que “a guerra não só destrói o presente, mas também o futuro de uma sociedade”. E ainda afirmou que “a guerra não pode ser algo inevitável: não devemos nos acostumar com a guerra! Pelo contrário, devemos converter a indignação de hoje no compromisso de amanhã”.
No final desta declaração, o Pontífice recordou a Statio Orbis de dois anos atrás na Praça São Pedro.
Dois anos atrás, desta Praça, elevamos a súplica pelo fim da pandemia. Hoje, o fizemos pelo fim da guerra na #Ucrânia. #RezemosJuntos #Paz https://t.co/68wR9qFarL
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) March 27, 2022
Audiência Geral
A Audiência Geral desta quarta-feira, 30 de março, teve como tema “Fidelidade à visita de Deus para a geração futura”. O Papa falou dos idosos Simeão e Ana. A razão da vida deles, antes de se despedir deste mundo, é aguardar a visita de Deus. “Simeão sabe, através de uma premonição do Espírito Santo, que não morrerá antes de ter visto o Messias. Ana vai ao templo todos os dias, dedicando-se ao seu serviço. Ambos reconhecem a presença do Senhor no Menino Jesus, que enche de consolação a sua longa espera e tranquiliza a sua despedida da vida. Esta é uma cena de um encontro com Jesus e de despedida”.
Os idosos podem ensinar às jovens gerações como confiar em Deus, como ser misericordiosos e a rezar com fervor não somente em tempos de serenos, mas sobretudo em tempos difíceis. #BençãoDoTempo @PontAcadLife @LaityFamilyLife
— Papa Francisco (@Pontifex_pt) March 30, 2022
Ele ainda falou sobre a Quaresma, “Nesta última etapa do caminho quaresmal”, disse Francisco, “olhemos para a Cruz de Cristo, expressão máxima do amor de Deus, e esforcemo-nos por estar sempre perto dos que sofrem, dos que estão sozinhos, dos frágeis que sofrem violência e não têm quem os defenda”.
Por fim, o Papa Francisco saudou os malteses em vista da viagem apostólica nos dias 2 e 3 de abril: será uma oportunidade para “ir às fontes do Evangelho” e a uma nação que abre suas portas para aqueles que “buscam refúgio”. O lema da viagem apostólica é: “Eles nos trataram com rara humanidade”, tirado de Atos dos Apóstolos, quando descreve com as palavras de São Paulo, a maneira como ele e seus companheiros foram tratados quando naufragaram na ilha no ano 60, durante a viagem que os levava a Roma.
>Confira a mensagem do Papa sobre a viagem a Malta
“Irei como peregrino a Malta”, afirmou o Santo Padre. O Papa Francisco é o terceiro Pontífice a visitar Malta depois de São João Paulo II em 1990 e 2001, e Bento XVI em 2010.
Pedido de perdão ao povo indígena canadense
“Já disse e repito: sinto vergonha e dor pelo papel que vários católicos, em especial com responsabilidade educacional, tiveram em tudo o que os feriu; nos abusos e na falta de respeito por sua identidade, cultura e até mesmo valores espirituais. Tudo isto é contrário ao Evangelho de Jesus”, disse o Papa, encerrando uma semana de encontros com delegações indígenas do Canadá.
Confira no vídeo:
A Igreja está com vocês e quer continuar a caminhar com vocês”, garantiu o Pontífice, renovando o desejo de visitar o Canadá. Depois, assistiu a apresentações de cantos da cultura autóctone. O Papa afirmou que reza pelos indígenas e pediu que façam o mesmo por ele.
Dia Mundial de Conscientização do Autismo
Agora, o Papa Francisco está em Malta, a viagem aconteceu neste sábado (2) a Malta, dia em que famílias do mundo inteiro promovem iniciativas para sensibilizar a sociedade sobre a singularidade e o respeito aos autistas. Mas na sexta-feira, (1), o Pontífice recebeu cerca de 200 membros da Federação Italiana de Autismo (FIA) na Sala Clementina, no Vaticano.
Além disso, o Papa compartilhou alguns pontos de reflexão sobre a condição vivida pelos autistas e por todos que têm alguma deficiência, a começar pela importância de se “construir em conjunto uma sociedade mais inclusiva”, para que familiares, professores e associações “não sejam deixados sozinhos, mas sejam apoiados”.
Leia também| O autismo me fez uma mãe mais perseverante e amorosa