Vaticano, coração da Igreja. Foi nesse lugar tão importante para a fé católica que, de 3 a 28 de outubro, o Papa Francisco e os padres sinodais pararam para escutar jovens representantes de diversas nações. Os trabalhos do Sínodo 2018 buscaram aprofundar a experiência da Igreja em relação ao tema: “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Padre João Chagas, membro da Comunidade Católica Shalom, partilha as graças desse momento histórico.
“Depois desse Sínodo a Igreja não será mais a mesma”, afirma o sacerdote. Para ele, a dedicação e o empenho do Papa e dos bispos em ouvir os apelos da juventude foi algo que chamou bastante atenção no decorrer do Sínodo. E esse exercício de escuta transformou completamente a caminhada da Igreja, segundo o Padre João, que é responsável pelo Setor Juventude do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.
O documento final do Sínodo dos Jovens manifesta a esperança de que a juventude é um instrumento de transformação do mundo. De acordo com o sacerdote, o arquivo traz a superação de muitas dicotomias. Ele destaca que no texto consta um maior envolvimento dos jovens nos processos da Igreja. Além disso, o documento traz uma novidade: a criação do Conselho Internacional de Jovens para ajudar na condução das pastorais da juventude no mundo inteiro.
O barulho dos jovens
São João Paulo II disse que Roma jamais se esqueceria do barulho dos jovens durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em 2000, lembra Padre João. “Esse mesmo barulho foi possível ouvir durante o Sínodo”, ressalta. O missionário comenta que foi muito belo ver a cumplicidade dos jovens com o Papa. Em entrevista no decorrer do Sínodo, o sacerdote chegou a destacar que, apesar dos jovens não serem maioria, eles representavam as primícias. E as primícias são sempre consagradas a Deus.