Um dos maiores erros da minha vida foi achar que eu iria conseguir concretizar os anseios do meu coração na companhia daqueles que não desejavam chegar no mesmo lugar que eu preciso chegar. As frustrações vieram. Tive que aprender a escolher os meus verdadeiros amigos, aqueles que fariam parte da minha assembleia de vozes, os conselheiros autênticos e atentos à minha biografia.
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Percebi, então, que a verdadeira amizade é um caminho dividido, compartilhado, necessariamente abraçado por inteiro. “Amizade é sobre ter o mesmo querer e o mesmo não querer”, já nos deixou escrito Santo Tomás de Aquino. Investiguei a biografia dos maiores homens e mulheres da história e percebi que as relações mais duradouras foram aquelas entre pessoas que têm valores e projetos em comum. Os santos eram grandes amigos! Por que conosco teria que ser diferente?
A partir dessa constatação, pensei: devemos ir ao encontro daqueles que pensam como nós e que também anseiam aquilo que ansiamos. Não podemos abraçar projetos que não são nossos e trilhar caminhos que não nos levarão ao nosso objetivo final: a Pátria Celeste. As nossas amizades precisam ser purificadas, portanto.
São Josemaría Escrivá nos deixou escrito: “Se a tua amizade se rebaixa até converter-te em cúmplice das misérias alheias, não merece o mínimo apreço.”
Que durante este tempo de deserto que é a Quaresma, possamos avaliar quais são as pessoas que têm partilhado conosco as nossas dores e alegrias, mas acima de tudo, quem são aqueles que nos apontam para aquilo que verdadeiramente importa: a vida de Cristo em nós. Não tenha medo de optar pelo caminho da verdade com companheiros de verdade!
Que Deus vos dê coragem, renúncia, disposição e santas amizades!
“Amizade é sobre ter o mesmo querer e o mesmo não querer”,
Santo Tomás de Aquino.