A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) denunciou ontem, 22, que a falta de alimentos no Sudão do Sul afeta cerca de quatro milhões de pessoas, também atingidas pela cólera.
Numa nota enviada à Agência ECCLESIA, o secretariado português da AIS informa que o governo do Sudão do Sul declarou “formalmente a situação de fome” em algumas regiões do país.
A Organização das Nações Unidas contabiliza “mais de 1 milhão” de pessoas a passar fome no país.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre informa também que se registou “um surto de casos de cólera” nas regiões de Yirol East e de Awerial, “contabilizando as autoridades sanitárias mais de três centenas de casos apenas nos últimos dias”.
Segundo a AIS a guerra civil entre partidários do presidente Salva Kiir e do ex-vice-presidente Riek Machar corresponde ao confronto entre as etnias Dinka e Nuer que agravou a “débil produção agrícola” fazendo temer uma situação trágica em julho, quando “normalmente, se verifica a maior escassez de alimentos”.
O Papa Francisco fez um apelo onde alertou para a grave situação da nação africana que vive um “conflito fratricida”, ao qual se junta a fome que afeta muitas pessoas, especialmente as crianças, no final da audiência pública na Praça de São Pedro.
A fundação pontifícia explica ainda que o Sudão do Sul, que a 15 de dezembro de 2013 “voltou a mergulhar na guerra”, é o mais jovem país do mundo tendo proclamado a independência a 9 de julho de 2011, “depois de décadas de conflito com o vizinho do norte, o Sudão”.
Fonte: Agência Ecclesia