Eu me chamo Viviane, tenho 27 anos e estou no segundo ano do postulantado na Comunidade de Aliança Shalom. Nasci em São Paulo, mas me mudei aos 7 anos para a cidade de Lins (SP), no interior, e lá passei a maior parte da vida, de 1994 a 2006.
Sempre costumo dizer que não encontrei o Carisma, mas que foi ele quem me buscou em casa.
Moro na cidade de Aparecida desde fevereiro de 2007, e foi nesse ano, num momento em que experimentava da dificuldade em me adaptar a nova cidade e fazer novos amigos, que em um dia de oração do terço na casa onde eu morava, uma postulante da Comunidade de Vida, convidada para rezar também, disse-se: “Você conhece o Shalom? Vai lá, você vai fazer muitos amigos.” Foi a desculpa de Deus para me levar à vocação. Na mesma semana fui participar do grupo de oração.
Ao chegar, fiquei em choque ao ver a alegria do pastor do grupo, e naquele dia saí do Shalom desejando essa mesma alegria. Dias depois, impressionavam-me as atitudes de um missionário na Missa, e essas coisas inquietavam meu coração.
Participei de um evento “Viva Vida”, comecei a fazer amigos e a frequentar o grupo de oração; mas por uma mentalidade errada que trazia comigo a respeito de vocação, afastei-me do Shalom ao ouvir a pastora do grupo falar de encontro vocacional. Achei que eu seria obrigada a participar, e que estavam tentando me “roubar” de outra comunidade em que eu tinha interesse, e por isso me afastei.
Mesmo sem querer frequentar o Shalom, sempre falava dele para minha família, minha mãe e minhas três irmãs, que em 2008 se mudaram para Aparecida. Lembro que em um dia próximo ao carnaval (2008), levei minhas irmãs para o Shalom, deixei-as na porta e fui embora. Nesse mesmo ano, minha irmã mais velha começou a trilhar o caminho vocacional e no ano seguinte minhas irmãs mais novas já frequentavam mais o Shalom. Eu me afastei cada vez mais, comecei a fazer faculdade e sempre buscava abafar ou disfarçar de diferentes modos meu interesse pela Comunidade. Foram quase quatro anos enganando a mim mesma.
Em 2010, minha irmã mais velha, que era postulante de segundo ano na época, partiu em missão para o Nordeste. Com isso, recebi a graça de me aproximar mais da Comunidade; a distância dela nos aproximou. No final do ano, em uma conversa com um membro da Comunidade, a velha mentalidade caiu por terra, e percebi que durante esse tempo todo lutei contra a vocação da qual nasci para fazer parte.
Entrei no vocacional em 2011 e hoje, nesse caminho de postulantado, vou percebendo de forma cada vez mais clara e concreta as ações de amor e misericórdia de Deus na minha vida e da minha família, que aos poucos é conquistada por Ele. Minha irmã mais velha é hoje membro com promessas na Comunidade de Aliança, a mais nova Vocacionada à Comunidade de Vida e minha mãe participa ativamente da Obra.
Quando ouço que “Deus é capaz de mover céus e terra por nós”, contemplo minha história, que ganhou novo sentido: Ser Shalom, fazendo a vontade de Deus.
Sou imensamente grata a Deus, pois por Sua vontade, a salvação entrou na minha vida.
Viviane Barbosa