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Uma Vocação que une para sempre!

Hoje vivemos a grande graça de rezarmos juntos todos os dias e de sermos enviados como discípulos e ministros da paz. Essa vivência diária gera em nós a certeza de que não vivemos um matrimônio centralizado em nós mesmos, mas um matrimônio Santo e Missionário.

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Por trás do serviço existe uma alegria inenarrável, talvez como a dos 72 discípulos que voltaram de uma missão cheios de alegria tentando explicar os feitos do Senhor em suas vidas e na vida daqueles que eles impuseram as mãos.

Como nos conhecemos

Pois bem, morava em Curitiba e fui servir no 1º Acamp’s da cidade de Ponta Grossa – PR, em novembro de 2012. Foi uma forte experiência com Deus e com os jovens, que me levou a compreender a grande alegria que é irradiar o Amor de Deus revelado aos pequenos. Foi nesse acampamento que conheci a Luana, minha esposa. Era o primeiro contato dela com a Comunidade.

Depois do acampamento nós passamos a conversar com frequência e grande parte da nossa partilha era sobre a Vocação, as alegrias e os desafios vividos no Caminho da Paz. Algumas vezes era preciso insistir para que a Luana fosse ao grupo de oração, era tudo muito novo e ainda havia uma certa inconstância. Como Ponta Grossa ainda não era uma Missão Shalom, todo final de semana alguns irmãos da missão de Curitiba viajavam para o grupo de oração em Ponta Grossa e em algumas oportunidades, conseguia conversar pessoalmente com a ela. Era muito bom tocar na pureza de uma amizade que crescia naturalmente.

Em 2013 estivemos juntos, aos pés de Pedro, na Jornada Mundial da Juventude. Coincidência ou não, mais uma vocação nascia nesse lugar. Luana celebrou seu 21º aniversário pertinho do Santo Padre e pude comemorar esse dia junto com ela.

Como o sentimento surgiu

Depois da JMJ, a Luana ficou inquieta e passou a se questionar sobre a nossa amizade, nessa oportunidade eu expliquei para ela que o primeiro passo em todas as áreas da nossa vida deveria ser sempre com o nosso acompanhador (ela tem ótimas partilhas sobre esses 8 meses que sucederam a Jornada). De fato ela buscou acompanhamentos, se decidiu pelo grupo de oração, aprendeu a crescer na amizade com Deus, entrou no Vocacional e muito mais.

Em abril de 2014 pedimos para iniciar um caminho, mas como a Luana estava iniciando o Vocacional da Comunidade, compreendemos a importância de esperar, em vista de um discernimento mais tranquilo. Continuamos cultivando a amizade e podendo partilhar cada vez mais daquilo que nós tínhamos de mais caro: A Vocação. Ela ia se identificando com a Comunidade, se deslocando mensalmente para Curitiba para participar dos encontros vocacionais. Em 2015 a Luana ingressou no postulantado da Comunidade de Aliança, mesmo ano em que começamos a caminhar e a namorar.

 

O namoro

Nosso caminho foi vivido à distância, assim como os dois primeiros anos de namoro. Neste contexto, a distância não é de forma alguma empecilho. Pelo contrário, ela ajuda a ordenar, purificar, trabalhar e fazer crescer a confiança, a fidelidade, a decisão por Deus e um pelo outro. Rezávamos semanalmente por chamada de vídeo e bebíamos cada vez mais da graça de Deus que, por meio de um caminho novo, gera amizades novas, relacionamentos novos, famílias novas.

Depois desse belo e essencial tempo de sacrifícios e renúncias, em 2017 mudei para a missão de Ponta Grossa. Pude me aproximar mais da Luana e passamos a rezar presencialmente com mais frequência. Antes corríamos para rezar, passear e visitar os amigos tudo num só final de semana, pois levaríamos em média 2 meses para nos vermos novamente.

Morando na mesma cidade, passamos a ter um relacionamento mais dinâmico, alimentando-o diariamente e estando mais atentos aos detalhes que este tempo de discernimento exige. Nos abrimos mais ao diálogo, passamos a ver as reações um do outro diante das situações a que éramos inseridos, mas de todas as graças, o cultivo da nossa vida espiritual como namorados foi a maior delas.

Lembro que numa ocasião em que parecíamos estar paralisados, Deus nos disse que o Reino do Céu era como um homem que lançava a semente na terra. Enquanto ele dormia a semente brotava e crescia sem que ele percebesse (Mc. 4, 26-29). Ele continuou atuando em nós e na nossa relação. De fato, Deus não precisa da força dos nossos braços. Ele só precisa da abertura do nosso coração.

O noivado

Movidos por essa certeza, noivamos no final de 2018 e nos casamos no mês de maio de 2019. Entre o noivado e o casamento fizemos vários retiros pessoais, orientados pela Comunidade, que nos auxiliou muito para o novo de Deus em nós.

Hoje vivemos a grande graça de rezarmos juntos todos os dias como casal e de sermos enviados todos os dias como discípulos e ministros da paz. Essa vivência diária gera em nós a certeza de que não vivemos um matrimônio centralizado em nós mesmos, mas um matrimônio Santo e Missionário.

Encerro com uma sugestão de São João Crisóstomo aos jovens recém-casados, que repeti para a minha esposa logo depois do casamento:

“Escolhi-te, amo-te e prefiro-te à minha própria vida. A existência presente nada é; por essa razão, as minhas orações, as minhas recomendações e todas as minhas ações destinam-se a fazer que nos seja dado passar esta vida de tal maneira, que voltemos a reunir-nos na vida futura sem qualquer receio de separação. O tempo que vivemos é breve e frágil. Se nos for dado agradar a Deus durante esta vida, estaremos para sempre com Cristo e um com o outro, numa felicidade sem limites.”

Alexandre Aguiar e Luana Carneiro

 

Alexandre Aguiar, consagrado da Comunidade de Aliança


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