O que você quer ser quando crescer? A pergunta é clichê, mas a resposta pode ser tão diferente quanto o rosto do brasileiro.
A verdade é que nós nascemos e morremos querendo responder tal questionamento. Porém, muitas vezes, queixamos não ter tempo para pensarmos numa solução. Thanks Globalization! Assim caímos no erro de dar respostas rasas, sentimentais e blá blá blá. Isso tudo poderia ser diferente, caso mudássemos um pouco a pergunta. Talvez colocando: “O que você nasceu pra ser?”− Poderia ser mais adequado.
Para tentar resolver este questionamento, vários jovens de diferentes cidades mineiras se reuniram no Centro de Evangelização Shalom, dia 8 deste mês, para o Encontro Vocacional Aberto − um dia inteiro de conversa, louvor e adoração a Deus.
Ora, eles queriam entender por que o nascimento é um sinal concreto de que temos algo para dar ao mundo. E compreender, sem precisar ir a uma palestra motivacional, que nós temos, sim, um chamado intrínseco capaz de transformar a nós e ao outro: Vocação.
A vocação não é algo distante de nós, é a nossa essência. Todos nós, como nos diz o profeta Isaías, somos eleitos “desde o ventre materno” (Is 49,1), e esse chamado nos completa. Foi Deus que nos escolheu e nos chamou a uma vocação específica, por isso, o fim último de quem segue esse chamado é a felicidade, que é o próprio Deus.
Ser Shalom, por exemplo, é uma vocação. Magnífica vocação, como completaria Moysés Azevedo, fundador da Comunidade, que está inscrita em muitos corações espalhados pelo mundo. Descobrir a sua vocação é descobrir, pois, o caminho para a pergunta base deste texto.
Assim, no decorrer do dia, os jovens ouviram sobre o que era Vocação, o ser Shalom, a Comunidade de Vida e de Aliança e muito mais. Eles foram saber que o Vocacional Aberto é excelente meio para conhecer a vontade de Deus para as suas vidas.
Para Francisco Alcântara, o encontro foi de grande valia: “Para mim, o vocacional tá excelente. O vídeo sobre o vocacional, tudo muito bom. Era o que eu precisava ouvir. A adoração, então… eu perguntei a Deus e veio um irmão e falou isso, aquilo. Enfim, muito bom”. Nayara Christina também aprovou o evento, apesar do receio que ela tem de caminhar neste ano no vocacional: “Eu tô achando bom. Não sei se vou conseguir”.
Quem já passou por esse tempo de discernimento sabe que ele realmente abre espaço para esses extremos. Mas os frutos vêm inevitavelmente, pois é um período pautado na vontade de Deus. É o caso de Catherine Almeida, postulante da Comunidade de Vida em BH: “Eu fiz o vocacional porque Deus me pedia mais comprometimento com Ele. O vocacional para mim foi muito bom, porque eu me conheci e conheci a Deus”.
É por isso e muito mais que este encontro é fundamental para nós, shalomitas, pois renova em nós a vocação dada por Deus. Como confirma Vitor Monteiro, membro da Comunidade de Vida: “Eu me sinto, sim, renovado, pois percebo que é uma vocação viva, jovem e atuante na Igreja. Quando vejo essas pessoas que vieram ao vocacional, me dá forças para continuar minha caminhada”. Já para Gabriel Medeiros, membro da Comunidade de Aliança, é um momento de relembrar o “sim” dado há tempos. “Sinto-me renovado porque eu me vejo neles. Alguns vêm com dúvidas muito parecidas com as que tivemos e tudo isso gera em nós essa renovação”.
De fato, é um ciclo harmônico e cheio de sentido para nós, terráqueos. Afinal descobrir que “Ser todo teu é minha alegria e minha paz” é o que há de melhor. Então, que tal esse ser o tema do vocacional 2015 dos futuros vocacionados do Shalom de Belo Horizonte e de todas as outras missões? Top!
Para terminar, sabemos que esse papo de vocação é longo e que a pergunta − “O que você nasceu pra ser?”− ainda trará muitos jovens ao Shalom ou a outros lugares onde se trilha um caminho vocacional ou, até mesmo, jovens que escolham não responder a esta pergunta. Mas o que nós queremos dizer é: busque conhecer o chamado de Deus para a sua vida, mas não como alguém que quer se livrar das dúvidas, mas como uma criança que quer descobrir qual o seu super poder e, enfim, ajudar no exército de Deus.
Duração do Caminho Vocacional: 1 ano. Tendo participado do encontro vocacional aberto, o segundo passo será fazer o plantão vocacional, no qual você será acompanhado por um missionário da Comunidade e discernirá se este é o tempo de trilhar o caminho vocacional Shalom.
Encontros: mensais. O intuito é aprofundar o chamado por meio de uma vida de intimidade com Deus, através do itinerário espiritual e formativo da Comunidade, o Caminho da Paz, mergulhando no conhecimento do Carisma Shalom, no ser Igreja, na missionariedade e na vivência da vida fraterna.
Telefones: 2555-3316
E-mail: vocacionalbh@comshalom.org
Edição: Emanuele Sales