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5 dicas de Emmir para levar a sério sua vida espiritual

Hoje, celebramos o dom da vida de Maria Emmir Nogueira, cofundadora da Comunidade Católica Shalom. Selecionamos 5 dos pensamentos de Emmir Nogueira na obra Leve a sério sua vida espiritual!

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Você provavelmente sabe que um dos grandes talentos de Emmir é a escrita. Autora de mais de 35 livros publicados, muitos dos quais foram traduzidos para outros idiomas, ela ministra palestras por todo o Brasil e no exterior com foco em espiritualidade e formação humana.

Emmir foi formadora geral da Comunidade desde sua fundação até 2019. É autora de obras como És precioso, Como transformar a dor em amor, As alegrias de Maria e A mulher que muito amou, todas publicadas pelas Edições Shalom.

Um de seus livros é Leve a sério sua vida espiritual, que aborda as experiências pessoais de muitos santos e religiosos, que tomaram Santa Teresa de Jesus como mestre nos caminhos da vida interior. A leitura é profunda e acessível, transportando o leitor para uma jornada de aprendizado sobre a vida de oração profunda, conforme os moldes de Santa Teresa.

Selecionamos 5 dos pensamentos de Emmir Nogueira na obra Leve a sério sua vida espiritual! Confira agora mesmo!

1. Suspiramos pela amizade com Deus

“Necessitamos da presença, da familiaridade com Deus! Suspiramos por sua amizade! Chamamos o seu nome com ânsia! Entretanto, apesar de amigos, não entramos em sua casa quando o chamamos. Ficamos à porta, sem confiar que ouviremos sua voz, sem ter o coração inteiramente conquistado por sua amizade, que diz: ‘Entra! Por que foi que você demorou tanto? Faz tempo que te espero! Estou aqui desde a brisa do dia!’

Realmente, a oração ‘aos moldes de Teresa’ exige uma fé amorosa, uma fé de amizade, uma fé na beleza do amor correspondido. Exige a certeza de sermos amados de forma incondicional pelo Senhor; exige que saibamos, ou não, descer para que Ele nos visite à brisa da aurora.”

2. A Oração é uma graça

“A oração, como um relacionamento de amizade com Deus, um relacionamento familiar e íntimo, é uma graça. É um privilégio vindo do céu que precisa ser desejado e buscado, mas que será sempre dado. Além disso, é Deus quem ‘primeireia’ o encontro, a visita, chegando à brisa do dia, logo que sopra o vento leve que precede a aurora. E esse ‘primeirear’ é aquela experiência inesquecível e fundante do nosso encontro pessoal com o Ressuscitado.

Depois de nos buscar e alcançar, o próprio Senhor, como vimos, eleva-nos a Ele com sua mão: ‘Onde estás?’, diz Ele já entrando em nossa casa, que lhe é inteiramente familiar. Como é muito respeitoso com a nossa liberdade, depois de certo ponto, o Senhor fica a esperar a nossa resposta para seguir adiante.”

3. Fé e confiança para não desistirmos do caminho 

“Qualquer tempo de oração mental – não vocal –, por menor que seja, nos custa muito e parece um esforço quase sem frutos. Precisamos de muita fé e confiança em nosso Amigo para não desistirmos achando que Ele não deseja amizade conosco. O mesmo acontece com as virtudes, em especial a caridade e a humildade.

Além de nos custarem grande esforço para extrair do fundo da graça a força suficiente para amar, perdoar e não nos envaidecermos, logo voltamos a cair nos mesmos vícios do egoísmo, como a falta de misericórdia, a vaidade e o orgulho. É como se aquele balde de água que nos feriu as mãos, e que nos custou tanto esforço, evaporasse poucos segundos após ter sido jogado à terra. Então, é preciso, com valentia, recomeçar tudo, como se nada ainda tivesse sido feito.”

4. Consolações na vida de oração

“A vida de oração é tudo, menos uma sequência previsível de graus de oração, como se ‘passássemos de ano’ em uma escola, ‘progredindo’, necessariamente, de um grau a outro. Ledo engano! Como a própria Teresa explica em Castelo Interior, a qualquer momento, por culpa nossa, podemos até mesmo ‘sair do castelo interior’, deixando de ter oração, isto é, deixando de ter amizade com o Senhor. Disso, livre-nos Deus!

A Santa também nos ensina que alguns desses estágios de crescimento do relacionamento com o Amigo Divino podem durar segundos ou se estender durante o tempo que Ele quiser, mesmo durante momentos informais de oração ou entre as atividades diárias. É importante lembrar que nesses estágios de crescimento da amizade com o Senhor podem ou não existir ‘consolações sensíveis’.

Essas, por sua vez, não indicam um estágio específico, mas são ‘presentes’ de amor do Amigo para nos animar quando estamos fracos, para nos alimentar e nos fortalecer.”

5. Uma verdadeira Vida interior 

“A ‘vida de oração’ que não se reflete no amor a Deus e na vivência das virtudes a cada dia seria uma ‘vida de imaginação’ ou, para ser cruéis, um engano de si mesmo – o famoso ‘engano próprio’. A ‘vida de santidade’ sem oração também seria uma falácia, mentira, autoengano. No melhor dos casos, seria apenas muita ‘força de vontade’; no fundo, porém, não passaria de uma ‘vida de boa vontade’, o que já seria muito, uma vez que Deus abençoou com a paz aqueles que a possuem.

A ‘vida de oração’ é pura ‘vida de imaginação’ quando nos enganamos ao pensar que ela é verdadeira – e até nos imaginamos em arroubos e quietudes forjados por nós ou pelo demônio – e, entretanto, não crescemos no amor e na doação de nós mesmos no dia a dia.”

 


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