A Quaresma, além de ser um convite à conversão, é um tempo de preparação para a Páscoa da Ressurreição. Quem vive a Quaresma – e não apenas “passa” por ela – abre-se de uma forma única à grande alegria de celebrar a Ressurreição de Jesus, garantia da ressurreição de todos os homens e mulheres.
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1 – A Quaresma é um tempo de tristeza?
Não. A Quaresma é antes um tempo de recolhimento, de “deserto interior”, de um “voltar-se para dentro” (de si mesmo, da família, da comunidade). É encontrar e ter tempo para reavaliar a própria vida e a vida da comunidade, descobrindo o que há de errado e o que deve ser mudado para melhor.
2 – Somente o tempo da Quaresma é tempo de conversão?
Não! Todos os dias são propícios à conversão! O tempo da Quaresma é um tempo especial – e não exclusivo -, em que a Igreja convida os cristãos a fazerem um esforço concentrado para abrir-se a Deus e ao próximo, abandonando tudo o que é mal e acolhendo o que é bom e justo.
3 – O jejum é também uma forma de abrir o coração para o próximo?
Sim. Ao renunciar a bens desse mundo, nós entendemos que eles não são exclusivamente nossos, mas que devem ser partilhados com todos. O verdadeiro jejum é aquele que leva à conversão a Deus e ao próximo. Inclusive, ao sentir a falta que o alimento nos faz, por exemplo, nos sensibilizamos e nos solidarizamos com todos aqueles que, empobrecidos, vivem sem alimento digno durante todo o ano. Quem jejua, ao mesmo tempo em que desocupa o coração e o preenche de Deus, também o abre ao próximo, assistindo -o e promovendo-o.
4 – Dar esmola não é uma forma de humilhar aquele que a recebe?
Não. A esmola, sendo uma forma de partilha, não humilha nem diminui aquele que a recebe. Antes, o engrandece, porque o faz livrar-se de suas necessidades básicas – estas sim são sinais de humilhação, não para o empobrecido, mas para aquele que, por ganância, o levam à miséria. Ainda mais: a esmola parte do urgente – da emergência – mas deve chegar à caridade que liberta, com a participação, em todo o processo, da pessoa do empobrecido.
5 – O tempo da Quaresma é tempo de oração tanto pessoal como comunitária?
Sim. A oração pessoal é necessária; a oração comunitária é indispensável. Assim sendo, não podemos dispensar nem uma bem a outra. Ambas têm características que as individualizam, assim como ambas têm características que as unem. No centro das duas está a Missa, a “oração das orações”, em que o próprio Cristo reza em nós e por nós, oferecendo-se conosco ao Pai, no Espírito Santo.
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