Novo ano formativo chegou e com ele uma lista nova de leituras para viver. A palavra é exatamente essa: viver. A leitura quando espiritual nos proporciona essa experiência de aplicação na nossa vida; gera conversão, oração e partilha… Sem contar que amplia nosso vocabulário, e se tratando do moyséses¹ é que amplia mesmo!
Seja qual for o tipo de leitura que você vai encarar, seguem algumas dicas para que você a faça bem:
1 – Tenha foco em um único livro
Têm livros que nos deixam ansiosos pela capa, outros são essenciais nos estudos, e outros ainda, entram na nossa vida com um intuito de nos formar. Nos últimos meses, eu tinha o mau hábito de encarar vários livros de uma única vez, e isso foi desperdício de tempo. A mente não conseguiu capturar tanta informação, e acabou que em alguns momentos a leitura foi fragilizada pelas informações ainda não processadas do que eu havia visto anteriormente. Por experiência própria e recente: foque em uma única leitura. Não tenha pressa! Os livros não correm (risos), nossos olhos que correm sobre as páginas!
2 – Determine um prazo
Defina a data de início e o fim da leitura. Divida o número de páginas pelos dias e programe-se para cumprir no prazo. Dê a si mesmo um ou dois meses por livro (a depender da quantidade de páginas). Não tente ler um livro em menos de 30 dias se ele for do estilo Nárnia. No Google Play, tem um aplicativo chamado Minha Leitura, que te ajuda nesse cálculo e ainda faz notificações para que sua meta seja cumprida!
3 – Marque e faça notas (dentro ou fora do livro)
Alguns vão achar um absurdo fazer notas internas, mas, é algo muito bom. Marcar o livro é dizer ao autor que você se identifica com aquela parte. Meus amigos não gostam de pegar meus livros emprestados porque eles possuem notas extras, afirmações diante de parágrafos, post-its, interrogações, e até palavras-chaves. Parece loucura, mas auxilia muito na pesquisa pós-leitura. Meu História de uma Alma está “altos papos” com Teresinha! É muito importante dialogar com o autor, e as notas e marcações são isso. Se você não gosta de marcar os livros, anote num caderno no momento da leitura. Deixar a nota para depois não gera o mesmo efeito.
4 – Construa fichas de leitura ou resumo
Alguns já estão acostumados com isso na faculdade ou na comunidade. E se você tem dificuldade em fazer fichas, é justamente porque investe pouco nas marcações e notas durante a leitura. Você chega ao momento da ficha, e lembrou-se de uma frase, mas não anotou a página ou parágrafo que continha aquela informação. E agora como transcrever? O que fazer? Você pode até responder “que vai procurar”, porém, neste tempo de busca, sua mente que não funciona como o Google, não conseguirá processar o mesmo resultado, do que na primeira lembrança. É como contar uma história a um colega, e outro chega na metade. Você recomeça, mas o caminho narrativo não vai ser igual ao primeiro.
5 – Leia e partilhe!
No decorrer da leitura, partilhe suas descobertas. Converse com os colegas sobre partes difíceis de entender ou sobre experiências adquiridas com o livro. Isso faz fluir o processo de leitura e de memorização.
6 – Se possível, leia em alta voz…
Ler alto e interpretar contribuem no aprofundamento do universo apresentando pelo livro. Se for um livro com personagens, tente expressar vozes. Utilize as falas como se você fosse o personagem. Quando li Teshuvá desse modo, senti a emoção da personagem Lisa. Talvez, você fale tanto de Nárnia, mas, nunca tenha entrado de verdade dentro daquele guarda-roupa!
Com esse percurso simples, só tenho a lhe desejar: boa leitura!
—
¹ Moyséses – linguagem do fundador da Comunidade Católica Shalom, Moysés Azevedo em seus escritos, e aprofundado por Emmir Nogueira (co-fundadora) no livro Estudo do Amor Esponsal.