Formação

Cura D’Ars e o sacerdócio

Devemos ao sacerdote, o nosso amor, honra, respeito, ajuda e obediência, porque ele é o santo homem de Deus, pai e amigo da humanidade.

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São João Maria Vianney (o Santo Cura D’ars), padroeiro de todos os sacerdotes do mundo, foi um exemplo de padre e ardente dedicado pároco em Ars, pequena vila da França, onde ficou por 40 anos. Em 24 anos de ministério sacerdotal, atendeu a mais de quatro milhões de peregrinos, especialmente pecadores.

Tomado por uma radical simplicidade, seu trabalho teve uma eficácia além imaginada e esquematizada. Além de converter Ars, que era oposta aos mandamentos da Lei Deus, atraiu multidão de pessoas de toda condição social e raça, que recorriam ao seu confessionário em busca de conselhos e palavras consoladoras. Por isso recebeu o título de“Apóstolo do Confessionário”.

Com uma franqueza que lhe era peculiar dizia: “Depois de Deus o sacerdote é tudo. Oh! Quão grande é o sacerdote! Somente no céu compreender-se-á a sua elevada dignidade! Se o homem compreendesse já aqui nesta terra a gente morreria não de susto ou medo, mas de amor. O sacerdote é o amor personificado do Amor divino”.

“Não podeis recordar-vos, diz o Santo Cura D’ars, dum só benefício de Deus sem encontrardes ao lado dessa lembrança a imagem do sacerdote. Ide confessar-vos à Virgem Maria ou a um anjo. Absolver-vos-ão? Nunca! Dar-vos-ão o corpo e o sangue de Jesus Cristo? Também não! O que não podem Maria Santíssima e os anjos, todo o sacerdote por mínimo que seja o pode. O que é a água para a vida corporal, são os sacerdotes para a vida sobrenatural”.

O Santo Cura D’ars, tinha uma visão tão profunda, mística e hiperbólica do sacerdote, que ficamos estupefatos com a sua afirmação sobre a falta de padres em vilas ou em paróquias. “Deixai uma paróquia 20 anos sem padre e lá os homens adorarão os animais!”…

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Por isso, em sua Encíclica sobre o sacerdócio católico o Papa Pio XI diz: “O gênero humano sempre sentiu necessidade, precisou de sacerdotes que por missão fossem medianeiros entre Deus e os homens”.

Enfático é o pedido do Papa Pio XII, tendo consciência da importância sacerdotal para salvação do mundo, chama todos os sacerdotes a colaborar com ele dizendo: “o mundo atual se encaminha para a ruína. É preciso refazê-lo, desde os fundamentos: transformá-lo de selvagem em humano; de humano em divino, segundo o coração de Deus”.

Nosso Senhor Jesus Cristo disse: “Ide, eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos. E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz esteja nesta casa. Quem vos ouve a vós, a mim me ouve; e,quem vos rejeita a vós, a mim me rejeita; e, quem a mim me rejeita,rejeita aquele que me enviou”, (Lucas 10,3.5.16).

Rejeitar o sacerdote é o mesmo que rejeitar o Cristo. Não devemos criticar maldosamente os sacerdotes. Muito cuidado para não sermos usados pelo diabo contra os ungidos do Senhor Deus. Está escrito no Salmo 104,15: “Não toqueis nos meus ungidos, e não maltrateis os meus profetas”.

Devemos ao sacerdote, o nosso amor, honra, respeito, ajuda e obediência, porque ele é o santo homem de Deus, pai e amigo da humanidade. São Francisco de Assis disse: “Se eu encontrasse um anjo e um sacerdote, primeiro saudaria ao sacerdote e depois ao anjo”.

Sublime é a vocação sacerdotal. É uma chamada especial. Um dom divino. O Senhor escolhe o sacerdote no meio do povo, para servir e ser mediador entre Deus e o povo. O sacerdote é o santificador das almas pelos Santíssimos Sacramentos.

Nesses tempos modernos, temos um glorioso exemplo de um padre que viveu abissalmente para o bom Deus e para Santa Igreja. Refiro-me ao fundador da Obra Internacional de Schoenstatt, o padre alemão José Kentenich. Foi um sacerdote completamente fiel a Jesus Cristo e a sua Igreja. Em oblação, viveu e morreu por ela. Como prova vitalícia deste seu amor à santa Igreja de Deus, em seu túmulo, foi gravada a frase: DILEXIT ECCLESIAM – ELE AMOU A IGREJA.

Dele disse o Papa João Paulo II: “Ele foi uma das grandes figuras sacerdotais santas de nosso tempo”.

Para caminhar na estrada sacerdotal de santidade e ser um exemplo digno de homem do altar, é obrigatório seguir o conselho do ínclito Padre Hermann Fischer, SVD, autor da obra: Mais Sacerdotes Para a Salvação do Mundo.

“A Santa Missa e o Breviário é a ocupação diária mais sublime do sacerdote. Em íntima conexão com os dotes sobrenaturais do sacerdócio está a nobreza do coração. Os sacerdotes devem ser bondosos.Benevolência, amabilidade, misericórdia para com os indigentes,interesse pelo bem-estar do próximo, presteza em auxiliar os outros são os instrumentos mais adequados para ganhar os homens principalmente na cura das almas”.

Não podemos esquecer jamais que precisamos de sacerdotes, amorosos e santos para presentear-nos com o Sacramento da Reconciliação e da Eucaristia, o alimento imperecível de nossas almas. O sacerdote é o sacrossanto ministro representante de Jesus Cristo no mundo. A ele, o nosso todo carinho e a nossa gratidão hipotalássica.

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